Em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira, 13, representantes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) confirmaram o caso de microcefalia de um recém-nascido nascido em Boa Vista, em janeiro deste ano. A suspeita é que o caso esteja relacionado com o Zika Virus, considerando que a mãe da criança teve a doença no quinto mês de gestação.
De acordo com a Sesau, o menino nasceu de parto normal no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) no dia 03 de janeiro, após 37 semanas de gestação, com 2,6 kg e perímetro cefálico de 32 centímetros. No dia 05 de janeiro, a criança foi incluída no Registro de Eventos de Saúde Pública referente a microcefalias (Resp – Microcefalias).
Conforme a Sesau, o recém-nascido “será submetido a todos os exames necessários e encaminhado para estimulação precoce, que visa à maximização do potencial de cada criança, englobando o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva, que poderão ser prejudicados pela doença”.
REFORÇO
Segundo a coordenadora geral de Vigilância em Saúde, Daniela Souza, as ações serão reforçadas após a confirmação da suspeita. “Vamos agora criar a sala de enfrentamento especificamente da microcefalia, com todas as secretarias de estado e municipais, distribuir mais de 300 kits pros agentes de endemia, 80 bombas costais para pulverização das larvas nos quintais, dois aparelhos de ultrassonografia pra maternidade pra auxiliar no diagnóstico e treinamentos da nossa comunidade de saúde. A parte da reabilitação também está preparada pra receber as crianças, e ainda vamos lançar uma campanha publicitária para a população se conscientizar”.
Para Daniela, a sociedade precisa entender que também é um agente contra a proliferação da doença. “È preciso se educar na busca do combate ao aedes aegypti, o mosquito causador não só da Zika Vírus, como a dengue que leva a morte e a Chikungunya. A gente precisa que a população nos ajude a combater, limpando o seu quintal, mantendo a sua caixa d’água fechada e mantendo o seu quintal livre de mato”, frisou Daniela Souza.
DIAGNÓSTICO
A diretora técnica do Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima (Lacen), Cátia Meneses explicou que o diagnóstico ainda não tem previsão para ser confirmado informando que amostras recolhidas com o paciente foram encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, responsável pelo diagnóstico. A previsão é que até o primeiro semestre de 2016 o caso esteja esclarecido.
Matéria completa na edição impressa da Folha de amanhã, 14.