A ceia de Natal do roraimense ficará 16% mais cara este ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que a inflação dos produtos típicos de Natal é maior do que os 10,39% registrados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) entre os períodos analisados.
Itens típicos como o vinho, que registrou alta de 24,57%; o azeite (18,21%); a maionese (15,18%); a couve (14,62%) e os ovos (13,62%) estão entre os que sofreram as maiores elevações nos preços. As menores variações foram do pernil (1,79%) e do lombo suíno (1,98%).
Além destes produtos, o quilo de dois dos itens mais procurados para compor a ceia de Natal, o peru e o pernil de porco, chega a ultrapassar os R$ 20,00. Já o frango Chester de aproximadamente três quilos custa em torno de R$16,00. Outro produto indispensável na ceia, o panetone, também ficou mais caro. A versão mais simples, recheada com frutas cristalizada, custa R$8,50 em média.
A Folha percorreu alguns supermercados da Capital, distribuídos pelas zonas Norte e Oeste, e constatou que, mesmo com a elevação no preço dos produtos que compõem a ceia, vários estabelecimentos disputam a preferência do consumidor com “promoções relâmpagos”, aquelas que duram um ou dois dias.
Segundo o gerente, Cláudio Araújo, de um dos supermercados pesquisados, a recente abertura de um hipermercado, que vende tanto no varejo quanto no atacado, fez vários locais baixarem os preços dos produtos para não ficarem no prejuízo. “Eu sei que vários supermercados estão sendo afetados por conta disso, o nosso nem tanto, mas existem produtos que tivemos que baixar o preço”, disse.
Mesmo com a concorrência entre esses supermercados, o gerente afirmou que a procura por produtos da ceia ainda é baixa. “Agora ainda está meio fraca (a procura)… Alguns produtos estão saindo, mas não é grande coisa, não sei se é por causa da abertura do hipermercado ou se é pela falta de alguns itens”, frisou.
CONSUMIDORES – Os preços elevados de produtos da ceia natalina têm assustado muitos consumidores, que estão “freando” o bolso na hora das compras. É o caso do autônomo Luiz Ricardo. “A ceia todo ano tem que ter, mas tem muita coisa que não dá para comprar. Eu compro em pouca quantidade ou levo os mais baratos para tentar economizar um pouco”, disse.
Segundo a dona de casa Fátima de Souza, a dica é saber pesquisar os produtos que deseja para compor a ceia. “Eu vou a alguns supermercados e comparo o que está mais barato e o que está mais caro. Tem muito produto que em um lugar é mais barato e outros que são mais caros”, relatou. (L.G.C)