Cotidiano

Censo do IBGE levanta dados sobre autismo pela 1ª vez

Lei sancionada em 2019 obriga o instituto a perguntar sobre o autismo no censo populacional

Iniciado na segunda-feira (1º), o Censo do IBGE 2022 coloca, pela primeira vez, o autismo no radar das estatísticas como forma de mapear quantas pessoas vivem com o transtorno e quantas podem ter, mas ainda não tiveram diagnóstico.

No Brasil, estima-se que existem dois milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mas o número é incerto e precisa ser oficializado. Para isso, foi sancionada, em 2019, a lei que obriga o IBGE a perguntar sobre o autismo no censo populacional. Com isso, é possível saber quantas pessoas no Brasil apresentam o transtorno e como os diagnósticos estão distribuídos pelas regiões brasileiras.

Durante três meses, os recenseadores estarão em todas os 5.570 municípios do País e baterão de porta em porta, uniformizados com boné e colete azuis identificados com o nome do IBGE. Importante observar o crachá de identificação, com foto e número da matrícula do entrevistador.

São 452.246 setores censitários urbanos e rurais, 5.972 localidades quilombolas, 624 terras indígenas, 11.400 aglomerados subnormais e 5.778 agrupamentos indígenas. Ao todo, 78 milhões de lares brasileiros serão visitados pelos recenseadores, que irão aplicar os questionários básicos da pesquisa.

Em Roraima, nos próximos três meses, o IBGE visitará mais de 144 mil domicílios nos 15 municípios. Os recenseadores terão apoio de guias, intérpretes e tradutores, e vão utilizar helicóptero, barcos e aviões de pequeno porte para acessar algumas localidades mais remotas.

Adiado devido à pandemia e, depois, por falta de orçamento, o censo de 2022 é orçado em R$ 2,3 bilhões.