Cerca de 36 mil filhotes de tartaruga da Amazônia da área de manejo do Programa de Quelônios da Amazônia foram soltos no Baixo Rio Branco.
A fiscalização dos órgãos competentes visa a preservação da vida dos filhotes e o combate ao tráfico de animais, além da ação de urubus, carcarás, lontras filhotes, pirararas e corotaís que sempre estão por perto espreitando os quelônios.
A ação conjunta reúne os trabalhos da Femarh (Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) ICMBio (Instituto Chico Mendes) e Cipa (Companhia Independente de Policialmente Ambiental).
Durante os meses de outubro de 2014 a fevereiro de 2015, equipes das instituições acompanharam todo o processo de gestação das tartarugas, indo desde a etapa de desova, construção dos ninhos até o nascimento dos filhotes.
No dia do nascimento, os filhotes são recolhidos em balde e depois levados em caixa plástica próxima à água. Lá eles são soltos e entram numa corrida frenética rumo à água e ao primeiro mergulho que é precedido por uma tomada de fôlego e submersão bem mais demorada.
CONTROLE
Os filhotes que nascem com deficiências físicas são levados ao acampamento e colocados num berçário, alimentados com folhas de limorana, espécie vegetal abundante nos barrancos do rio e que fazem parte da dieta dos quelônios.
Depressão uni lateral do casco, bilateral e falta de alguns membros de locomoção são os casos mais frequentes.
Nessa temporada foram detectados o nascimento de seis filhotes gêmeos e uma albina, caso raro na espécie Podocnemis Expansa (Tartarugas da Amazônia).
FISCALIZAÇÃO
O médico veterinário Raimundo Pereira da Cruz chefe , chefe do núcleo de Fauna do Ibama, explica que os traficantes de tartarugas invadem o Baixo Rio Branco com Capassacos (redes muito resistentes, entralhadas com cordas que são armadas de um lado ao outro do rio para capturar as matrizes que sobem para a desova).
“Esses são os maiores inimigos das tartarugas e da equipe de manejo, que trabalha com escolta policial 24 horas por dia”, comentou.
PROGRAMA
O programa de quelônios da Amazônia foi institucionalizado no ano de 1979 e já manejou cerca de 70 milhões de filhotes de quelônios.
Fonte: Secom