Por: Giovanna Lima
Os moradores do bairro Caimbé, têm enfrentado diversos transtornos durante o período chuvoso. Dentre os maiores problemas estão buracos, ruas completamente alagadas e até problemas com esgoto, que por conta da chuva pioram a cada dia.
A rua Silvio Leite é uma delas, os moradores temem a chuva por conta da falta de infraestrutura no local, Jarlany Vidal, proprietária de um salão nesta rua disse que todos invernos são da mesma maneira, buracos, alagamento e muitos mosquitos. “Todo ano é assim, ano passado a água subiu tanto que chegou a entrar no meu salão, a situação aqui é horrível” afirma empresária.
Iran Vieira é um morador antigo do local, mora na Rua há 25 anos e diz que anos atrás o problema ainda se agravava mais por conta da falta de asfalto no local, ele explica que já tentaram resolver o problema da rua muitas vezes, mas nunca obtiveram melhorias. “Eu já fiz até abaixo assinado, encaminhei à Prefeitura, mas nunca nada mudou. Isso já tem sete anos, mas aqui ainda continua assim” afirma.
Além de Ivan e Jarlany, outros moradores também informaram que os problemas de alagamento no local acontecem há muitos anos e proprietários de comércios no local já passam por desconfortos durante todo o inverno, todos os anos, uma moradora proprietária de um bar disse inclusive que durante as chuvas ela tem que guardar tudo que há no local para evitar prejuízos maiores.
O problema, entretanto, não se resume apenas à Rua Silvio Leite, a Rua Velho Dandãe é uma das mais prejudicadas, e o problema nesta rua ainda se agrava por conta de uma fossa que escoa na rua, se misturam às águas que estão acumuladas no local e vira um enorme rio de fedor no local.
Alex Mamed mora há 20 anos no local e afirmou que há pelos menos oito anos passam pelas mesmas dificuldades, ele contou que não há para onde a água escorrer e por isso durante todo o inverno a rua fica alagada, melhorando a situação apenas quando o período chuvoso se encerra, isto segundo ele, ainda traz para as residências muitos mosquitos e bichos como sapos durante este período.
“Aqui esta água acumulada é totalmente contaminada, e isto ocorre um inverno atrás do outro, se vier aqui em agosto está assim, setembro também, isso só começa a melhorar com a estiagem em outubro, mas qualquer chuva aqui enche a rua novamente” diz Alex.
“Eu gosto do bairro, mas esta situação é um descaso com a gente, para poder conviver com esta situação tive que colocar telas na minha casa inteira para me livrar dos mosquitos, e passamos o dia inteiro com a casa fechada por conta do odor forte da rua, quando chove forte, a água leva o mau cheiro rua abaixo”, ressalta.
O morador afirma que gosta do bairro, mas estes transtornos o desagradam, e assim como os moradores da Rua Silvio Leite, ele e moradores da Velho Dandãe, já tentaram cobrar melhorias, mas nunca obtiveram resposta.
OUTRO LADO – A equipe da Folha entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista que informou que será enviada uma equipe da Patrulha da Chuva até os locais citados no bairro Caimbé para verificar o que pode ser feito pra minimizar os transtornos aos moradores.
Será enviada ainda uma equipe do Tapa Buracos para avaliar a situação, e caso seja constatado que os buracos na via foram causados pela ação do tempo e pelas chuvas, o trecho será incluído na programação de serviços da próxima semana.
Ainda, a Seinf (Secretaria Estadual de Infraestrutura) informou em nota que com relação à rua Velho Dandãe, no Caimbé, o serviço de implantação da rede de esgoto não foi concluído, o que só deverá ocorrer após a diminuição das chuvas que estão caindo em Boa Vista.
De acordo com a empresa, já foi feito um serviço emergencial para diminuir os transtornos e garantir a trafegabilidade na rua, mas as constantes chuvas voltaram a causar problemas.
Com relação ao mau cheiro, pode ser que alguns moradores tenham feito a interligação do esgoto de casa para a rua, sem a devida autorização da Caerr, haja vista o serviço de implantação da rede ainda não ter sido concluído.
Por fim, a Seinf salientou que os moradores devem esperar o comunicado oficial da CAERR (Companhia de Águas e Esgoto de Roraima), para fazer a ligação do esgoto da residência para a rede coletora, sob pena de estarem cometendo crime ambiental, podendo ser responsabilizados judicialmente.