Cotidiano

Chuva não veio e situação ainda é crítica

Meteorologia indicava chuvas no início desta semana, mas previsão não se concretizou e municípios continuam castigados pela seca e fogo

O secretário executivo da Defesa Civil Estadual, Cleudiomar Ferreira, afirmou que continua crítica a situação enfrentada pelos municípios do Estado desde o fim do ano passado. Mesmo com a aproximação do inverno, as previsões não são nada animadoras. Segundo ele, o acúmulo de chuvas nos três primeiros meses do ano foi de apenas 18 milímetros, número abaixo dos 30 mm previstos pelo órgão.
“A previsão de chuvas da quinta-feira passada era que hoje deveria começar a chover pelo menos em grande parte do Estado. No entanto, os prognósticos ainda indicam incidência muito abaixo do esperado. Para se ter uma ideia, foram oito milímetros em janeiro, dois em fevereiro e oito em março. O esperado pela Defesa Civil era de menos 30 milímetros e o normal para esse período é de 90 mm. Isso mostra o quanto essa estiagem está sendo severa. Até o momento, não há uma previsão geral de ocorrências para esse mês”, explicou.
De acordo com o secretário, as previsões indicam que as primeiras chuvas deverão amenizar as áreas mais atingidas, mas nada que faça afastar o risco de propagação de queimadas em todo o Estado. “Para áreas de produção rural localizadas em Normandia, Bonfim, Cantá, Boa Vista e parte de Mucajaí e Iracema, não há qualquer sinal de chuva. Se chover, o acumulado vai variar entre 02 à 05 milímetros de chuva. Abril, que era para ser o mês mais chuvoso, está sendo o de menor incidência e não está havendo registro de chuva”, frisou
Outro sinal da forte estiagem está no nível do principal manancial do Estado. Conforme a medição de ontem da Agência Nacional de Águas (ANA), o nível do Rio Branco registrou 0,14 metro de captação. A média de outros anos era 1,10 metro, seguindo sempre uma escala ascendente. “Este ano, o nível está segundo a escala contrária. No dia 06 de abril, o nível estava em 0,67m. O normal seria que esse nível estivesse em 0,38 metro, mas não é o que está acontecendo. Este ano superou qualquer período de estiagem anterior”, comentou Cleudiomar Ferreira.