Em nota a imprensa nesta quinta-feira, 22, o Conselho Indígena de Roraima (CIR) afirmou que pedirá do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) uma investigação para apurar as reais causas do incêndio que destruiu o prédio do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Leste na madrugada da quarta-feira, 21.
“Diante do trágico incêndio, o CIR protocolará nesta quinta- feira, 22, no Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) em Roraima um pedido de investigação rigorosa sobre o incêndio, assim como informações detalhadas sobre os prejuízos causados e medidas adotadas para amenizar os danos às comunidades indígenas de Roraima”, destacou o conselho.
Na nota, o CIR destacou que os prejuízos causados pelo incêndio vão muito além do dano patrimonial, uma vez que o incidente deverá prejudicar as ações de saúde em mais de 300 comunidades indígenas do Estado.
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“Uma considerável quantidade de materiais que recentemente foram adquiridos, como balanças, aparelhos de pressão, microscópios, radiofonias, baterias, placas solares, gás, água e até alimentação, além de uma grande quantidade de medicamentos também foram destruídos. Uma perda sem precedentes às comunidades indígenas, que teriam seus materiais substituídos aos antigos, adquiridos ainda na época do Convênio CIR/Funasa. São 325 comunidades indígenas, sete povos indígenas e um total de 49.706 indígenas atendidos pelo Distrito e que não podem ficar a mercê do descaso, seja pelo incêndio ou da própria gestão do Distrito que permanece no cargo, há mais de dois anos, por indicação política local”, frisou.
Por conta dos danos, o Corpo de Bombeiros recomendou que o prédio do Dsei Leste fosse interditado, já que há riscos de desabamento da estrutura.
“Até o momento não há informação sobre as causas do incêndio, mas já está em investigação. Ontem, pela manhã, surpreendidos pela tragédia, funcionários relataram que o prédio passava por manutenção elétrica, o que poderia ter causado o incêndio de larga proporção”, completou.
