A Força Policial da Guiana confirmou ontem, terça-feira (15), que os pacotes encontrados em uma aeronave que caiu na noite de domingo (13), na cidade de Issanno, na Região Sete, na Guiana, contém 390 quilos de cocaína, o que custaria o equivalente a R$ 8 milhões. Ainda na noite de domingo (13) um primeiro avião teria caído a 600 metros de distância desse carregado com a droga, inclusive um homem foi encontrado sem vida, e ainda não se sabe a identidade dele, mas foi solicitada assistência internacional para identificá-lo.
A primeira aeronave fez um pouso forçado na mesma região, e a bordo estavam dois pilotos, sendo um de 38 anos, de Boa Vista, capital de Roraima; e outro de 29 anos, de Tumeremo, na Venezuela; e um técnico em informática, de 35 anos, da cidade de Manaus, capital do Amazonas.
A Polícia da Guiana investiga a origem do primeiro avião, um Cessna 172 Skyhawk, onde estavam os três tripulantes; mas confirmou que a segunda aeronave, um Beach Baron 55, foi registrada pela última vez por um empresário dono de um clube de voo no Brasil.
A segunda aeronave que transportava a droga ficou totalmente destruída (Foto: Divulgação)
“Os três estrangeiros detidos na mesma área de Issanno permanecem sob custódia. A polícia informou que o trio disse que estava a caminho do Suriname, quando a aeronave apresentou problemas mecânicos e precisou fazer o pouso forçado. O estranho é que os aeroportos do Suriname, como Guyaba, estão fechados e apenas voos especialmente autorizados têm permissão para entrar”, revelou à FolhaBV uma fonte que pediu para não ser identificada.
“Tem muita coisa para a polícia investigar e esclarecer ainda. Os investigadores acreditam que um dos três homens é quem pilotava o avião acidentado que foi encontrado com a cocaína e o cadáver. Ele foi o único com ferimentos consistentes com um acidente, até porque ele disse que estava na aeronave que fez o pouso forçado e não teve qualquer dano material. Os policiais suspeitam que os outros dois homens iam tentar mover a carga do avião acidentado, mas foram presos em Issanno”, completou.
“Por conta de Issano, Região 7, nas proximidades do Rio Mazaruni, ser uma região onde no solo há quantidade expressiva de ouro, os policiais acreditavam que as aeronaves seriam utilizadas em garimpos. Mas, após a queda do avião com cocaína tiveram certeza que se trata de tráfico internacional de drogas”, ressaltou.
As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal da Guiana, Força de Defesa da Guiana e Unidade Aduaneira Antinarcóticos.