Com 11 unidades de escoteiros e mais de 300 associados, Roraima é único Estado a não ter ainda a sede dos Escoteiros do Brasil. Para fortalecer o escoteirismo na região, o diretor – presidente da entidade nacional, Alessandro Garcia Vieira, veio a Boa Vista reunir os núcleos e propor a criação da unidade regional.
“Temos a filial dos Escoteiros do Brasil em cada um dos Estados e no Distrito Federal. Roraima é o único onde não temos uma filial”, disse. A ideia é trabalhar o processo de expansão do escotismo e divulgar melhor as atividades.
“Viemos para iniciar as conversações e buscar parceiros e apoio de empresários, iniciativa privada e governo do Estado para organizar a sede regional em Roraima, pois já temos 300 escoteiros associados. Tendo um núcleo regional, poderemos melhor oferecer a prática do escotismo e atingir uma maior quantidade de crianças e jovens, e passamos a ter um braço para apoiar as entidades que já estão funcionando e ajudar na criação de novas entidades”, afirmou.
Ele citou que o escotismo tem como principais atividades ações que atraem a atenção de crianças e jovens, que são os acampamentos, jogos e dinâmicas com atividades educacionais.
“Em todas as ações, tem-se a possibilidade de vivenciar o contato mais próximo com a natureza e o trabalho da questão dos valores familiares. Sempre acontecem aos fins de semana ou à noite, de maneira a não conflitar com as atividades escolares”, explicou.
ACOLHIMENTO – Embora inda não tenha sede regional em Roraima, os Escoteiros do Brasil já atuam no Estado com o projeto de acolhimento de crianças filhos de imigrantes venezuelanos que estão nas ruas de Boa Vista. São aproximadamente 120 crianças e jovens de 6 a 21 anos atendidos em quatro núcleos. O atendimento é feito voluntariamente por membros dos núcleos de escoteiros de Boa Vista.
“O escotismo é uma atividade educativa de caráter complementar à educação que é oferecida pela família e pela escola, por isso começamos a acolher estas crianças para as atividades”, disse Alessandro Vieira.
O acolhimento, segundo ele, é prioritário para crianças de famílias que estão de passagem nos abrigos da Operação Acolhida, do Exército Brasileiro, e que estão na lista para a interiorização. Mas também são atendidas crianças que vivem em praças e ruas.
“São acolhidas cerca de 30 crianças em cada núcleo do projeto e a partir do momento em que são interiorizadas com suas famílias, novas crianças vão sendo acolhidas para participar das atividades práticas educacionais”, ressaltou. “Assim como as crianças que encontramos em ruas e praças em estado de abandono”, complementou. (R.R.)