Cotidiano

Com menos de 10 mil habitantes, Caroebe sofre com surto de dengue

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o Município de Caroebe registrou 107 casos da doença só nos quatro primeiros meses do ano

O Município de Caroebe, localizado na região Sudeste do Estado, que possui 9,1 mil habitantes, é o único que está na zona de alto risco para dengue no Estado. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), de janeiro a abril deste ano já foram notificados 107 casos da doença, o que representa 36,5% do total registrado em Roraima.

No mesmo período, Boa Vista notificou 105 casos de dengue, ou 35,8% do total. Em seguida vem o município de Amajari, na região Norte de Roraima, com 26 casos notificados e 8,9% da totalidade. Foram descartados 136 casos suspeitos de dengue no período.

Entre os municípios com as maiores incidências, em relação ao número de habitantes, considerando a população do Programa Nacional de Enfrentamento da Microcefalia (PNEM/2016), os três municípios se destacam. Em Caroebe foram 196,40 casos para cada 100 mil habitantes, considerado de alto risco. Amajari, com 36,34 casos por 100 mil habitantes e Boa Vista foram, com 5,92 casos para cada 100 mil habitantes, considerados de baixo risco.

Apesar dos números significativos de casos de dengue este ano, a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Boa Vista, Roberta Calandrinni, afirmou que o município teve uma redução de 73% dos casos em relação ao mesmo período do ano passado. “De janeiro a 23 de abril foram notificados no município de Boa Vista 108 casos. No mesmo período do ano passado haviam sido notificados 401 casos, então foi uma redução de 73% em relação a esse período”, destacou.

Conforme ela, o fato de possuir a maior população do Estado coloca a Capital entre as cidades com mais casos notificados da doença. “É o município que está entre os que têm mais casos porque é onde concentra a maior população. Em relação a casos confirmados em 2016 foram 14 laboratorialmente e 7 por víunculo epidemiológico. Em 2015 foi 62 laboratorialmente e três epidemiológico”, informou.

Conforme a diretora, as ações de combate realizadas no município seguem o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. “Os agentes de endemias estão trabalhando, visitando os imóveis, e estamos fazendo ações de controle e bloqueio. Os casos confirmados recebem visitas de bloqueio e não estamos preocupados porque a redução é muito grande em relação ao ano anterior”, explicou.

Os agentes já visitaram, só este ano, 37,3 mil dos 248 mil imóveis na Capital. “Desses, conseguimos trabalhar em 30.134 residências. Os bairros concluídos foram Senador Hélio Campos, Equatorial, São Pedro, 31 de Março, Aparecida, Cauamé, União, São bento e Sílvio Leite. Os agentes estão trabalhando agora no Paraviana, Bairro dos Estados e Santa Luzia”, frisou.

CHIKUNGUNYA – Em 2014, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, 188 casos de febre de Chikungunya, com confirmação laboratorial de 9,6% (18 casos) no município de Boa Vista. Em 2015, foram notificados 453 casos autóctones suspeitos de febre de Chikungunya com confirmação laboratorial de 19 casos, e entre as Semanas Epidemiológicas 33 a 38, representaram 33,33% do total de casos notificados neste ano.

ZIKA VÍRUS – O Ministério da Saúde estabeleceu como estratégia para combate ao vírus Zika a realização de 5 ciclos em seis meses, com o objetivo de diminuir o tempo entre as visitas para minimizar as condições de proliferação do vetor. No 1º ciclo, o Estado de Roraima alcançou 39% entre os imóveis trabalhados e recuperados, e no 2º ciclo foi alcançado 37,79%, segundo o SISPNCD.  Quanto às notificações por município de residência para o vírus Zika, em 2016 foram notificados 74 casos, com confirmação de 21,61% (16 casos) do total. (L.G.C)