Após a ordem de exclusão das notas de 100 bolívares no início do mês, os comerciantes do município de Pacaraima, ao Norte do Estado, se preocuparam em sofrer prejuízo com as notas que não tinham como ser trocadas, já que não tinham como atravessar a barreira, que foi interditada por ordem presidencial. Diante do caso, a Câmara de Comércio do município de Gran Sabana, na Venezuela, conseguiu uma exceção ao comércio vizinho.
Com a situação do fechamento, o presidente da Câmara, Gilmer Poma, teve a iniciativa de realizar uma reunião com os oficiais militares e autoridades civis, onde foi debatido o tema da quantidade de dinheiro venezuelano que havia com os comerciantes de Pacaraima. Para não haver a perda, a Câmara solicitou às autoridades que fizessem uma exceção, a fim de que o dinheiro fosse permitido passar e ser depositado nos bancos.
De imediato, a proposta foi conversada e aceita junto a prefeitura de Pacaraima, tanto pelos comerciantes, como pelas autoridades da Venezuela. “O procedimento já foi iniciado e o dinheiro ainda está passando”, ressaltou Poma. Até o momento, mais de seis bilhões de bolívares foram recuperados e depositados nos bancos. A medida visa ainda o fortalecimento comercial entre os dois municípios
Para o presidente, o trabalho que está sendo desenvolvido é de suma importância, tendo em vista que o município de Pacaraima, por ser fronteira com o país, é um aliado estratégico a Gran Sabana e à Venezuela. “Por conta dos alimentos, da escassez que está aqui. Foi um município que foi solidário com a nossa situação. Então trabalhamos para dar uma resposta com agilidade a eles agora”, frisou.
OUTRO LADO – Segundo o comerciante Rogério Aragão, que trabalha há 30 anos no setor, a troca foi um benefício, apesar do prejuízo que alguns comerciantes tiveram. Ele informou que já não possui nenhuma nota de 100 bolívares no estabelecimento. “Todo o comércio foi beneficiado e graças a Deus conseguimos trocar o dinheiro”, pontuou. ( A.G.G )