Com o pagamento da 1º parcela do 13º aos servidores públicos municipais e estaduais, o comércio local espera que as vendas aumentem. Alguns servidores irão optar por quitar dívidas e limpar o nome junto às instituições protetoras ao crédito. Poucos disseram que pretendem adquirir algum bem. Uma assistente administrativa do Estado disse que irá pagar dívidas, pois com a crise que o país está enfrentando não está favorável a compra de bens no momento. “A situação está difícil e manter as contas em dia agora é prioridade. Não dá para pensar em comprar qualquer coisa com essa primeira parcela”, frisou a servidora que preferiu não se identificar.
Os donos de lojas estão confiantes. Apesar da crise, eles têm expectativas de que as vendas com o pagamento do 13º sejam melhores que as do ano passado. “O pagamento não fez muita diferença até agora. Na realidade, nem sabia que havia sido pago. Nós estamos esperançosos que esse fim de semana o consumo aumente com o pagamento do funcionalismo estadual”, destacou o gerente, de 52 anos de idade, de uma loja de confecções situada no Centro.
Outra lojista, de 32 anos, disse que as vendas melhoraram um pouco, mas não estão tão boas quanto as do ano passado. “Esperamos que com o pagamento da 1º parcela do décimo dos servidores estaduais as vendas possam melhorar, porque o movimento está fraco e até estamos organizando várias promoções para hoje atrairmos esses funcionários que já receberam”, frisou.
Um gerente de uma loja de confecções relatou que as vendas estão relativamente boas nesse período, mas que espera que nesse fim de semana fiquem melhores. “Aqui quase não estamos sentindo os efeitos da crise, mas desejamos que, com o pagamento do décimo, as vendas possam aumentar mais. Eu trabalho aqui há dois anos e esse período em que os servidores recebem a primeira parcela é uma das melhores épocas para nós comerciantes”, destacou.
CRISE – O economista Raimundo Keller disse que, de 2014 para esse ano, vem crescendo uma camada de funcionários que estão preocupados em limpar o nome junto às instituições e a expectativa é que seja maior em relação a 2014 e 2015.
“O consumidor percebeu que o país está enfrentando uma grande crise econômica e uma instabilidade política e isso está fazendo com que o comportamento desse consumidor seja de comprar apenas o primordial e manter as contas em dias”, destacou. “Observei que o último Dia das Mães, a Páscoa desse ano foi a mais pobre dos últimos anos, mas isso não está acontecendo somente em nível regional não. Está assim em todo o país”, enfatizou. (T.C)