Faltando menos de duas semanas para o Dia das Mães, celebrado nesse ano no dia 8 de maio, o movimento de consumidores no comércio boa-vistense tem sido fraco na avaliação dos comerciantes. Para muitos, este é o segundo ano consecutivo de queda para uma data considerada a segunda mais importante no País, perdendo apenas para o Natal.
Para atrair a clientela vale tudo. Desde promoções e forma de parcelamento nas compras a sorteio de brindes. No entanto, nem isso tem chamado a atenção dos consumidores, o que vem preocupando os comerciantes. “Esse deverá ser um Dia das Mães muito enxuto, porque os consumidores estão priorizando mais pagar as despesas do dia a dia. Se sobrar algum dinheiro, deverá ser investido para algo mais simbólico, como lembrancinhas ou algo do tipo para não passar a data em branco. A gente espera que não, mas tudo indica que deverá ser dessa forma”, avaliou o gerente de uma loja de bijuterias da avenida Jaime Brasil, Adalberto Silva.
Da mesma maneira que na loja de bijuterias, a preocupação por conta do fraco movimento também preocupa as lojas de roupas. Conforme a gerente de cadastros Jandinéia Oliveira, a falta de dinheiro do mercado tem contribuído para a retração dos consumidores, que têm optado por frear o pé nos gastos com presentes.
“Com a crise, as pessoas estão optando por deixar tudo para a última hora e procurando sempre os produtos que estão na promoção. A gente acredita que haja aumento na procura para os próximos dias, mas por conta dessa falta de dinheiro, não sabemos se as vendas vão ser satisfatórias”, afirmou.
E engana-se quem acha que a falta de consumidores é um problema exclusivo apenas do centro comercial da Jaime Brasil. Na avenida Ataíde Teive, considerado o segundo mais importante centro comercial da Capital, o trânsito de pessoas é elevado. No entanto, o problema tem sido fechar negócio com consumidores.
“Antes, as pessoas afirmavam que Roraima era o único estado que a crise ainda não tinha afetado. Eu já creio que isso não é verdade, pois a gente nota que, a cada mês, o poder de compra do consumidor vem diminuindo. A crise já está aqui faz um bom tempo”, comentou a vendedora de loja Bianca Conceição.
Da mesma maneira que no comércio popular, a movimentação nas lojas dos shopping centers também tem sido bem tímida. No entanto, gerentes ouvidos pela Folha acreditam em aumento de demanda já para esta semana.
“Ainda não é a procura que gostaríamos que fosse, mas, apesar disso, nós já estamos com toda a loja montada para justamente atender às necessidades do nosso cliente e a gente acredita que haja aumento de demanda para esta segunda-feira. Mesmo este não sendo um momento tão favorável, eu acredito que as pessoas vão comparecer ao comércio para garantir o presente do Dia das Mães”, pontuou a gerente de perfumaria Milena Quintairos. (M.L)