#SemTempo? Confira o resumo da matéria:
O mês de janeiro tende a diminuir o volume de vendas e tradicionalmente o período tem promoções para alavancar o comércio no início do ano.
As tradicionais liquidações realizadas nos meses de janeiro são uma forma de o varejista ajustar seu estoque e começar um novo ano com uma melhor gestão de produtos armazenados. Segundo o empresário Daniel Moura, do ramo de vestuário, o empresariado tem uma oportunidade de iniciar o ano novo com um planejamento financeiro.
“Nós costumamos iniciar o período de promoções no final de janeiro e no início de fevereiro, justamente quando os clientes ganham um folego financeiro e estão economicamente mais tranquilos. São estratégias adotadas para manter o volume de vendas”, relata.
De acordo com o economista da Federação de Bens e Comércio (Fecomércio), Fábio Martinez, os consumidores devem ficar atentos à necessidade dos empresários quererem se livrar do estoque para economizar.
“É um mês de baixo movimento, geralmente as pessoas tendem a gastar menos no início do ano, já que gastaram mais em dezembro com a época festiva. Há também aqueles que estão em período de férias e folga. Isso é bastante comum não só em Roraima como no resto do país”, explicou.
O especialista explica que para estimular o comércio nessa época do ano, os lojistas começam a realizar as famosas promoções de “queima de estoque” e “saldões”. “Geralmente são aqueles produtos que não foram vendidos na época do Natal e acabam acumulando nas lojas, e para dar baixa naquele estoque que não houve movimentação. Normalmente essas promoções podem ocorrer na segunda quinzena de janeiro, mas irá depender de cada setor comercial”, diz.
Itens específicos como os panetones e roupas de final de ano são os produtos que mais sofrem baixa de preços. “As principais promoções ocorrem em produtos que não tiveram uma saída satisfatória de vendas na época de Natal. O empresário que comprou uma quantidade superior de itens e acabou não vendendo no Natal costuma intensificar a saída desses produtos com valores baixos”, destacou.
Segundo semestre – Em 2020, o comércio deverá registrar o maior avanço anual no volume de vendas em sete anos. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a estimativa é de que haja aumento de 5,5% no varejo ampliado e de 3% no varejo restrito – que exclui o ramo automotivo e de materiais de construção.
“É natural que no primeiro semestre do ano tenha uma movimentação de vendas mais fraca no comércio. Contudo, com a situação econômica mais promissora em 2020, é esperado pelos empresários que esse fluxo seja melhor do que em 2019. O crescimento será mais acentuado no segundo semestre, tirando datas como dia das mães”, ressaltou Martinez.