Semana passada a proposta do governo avançou na câmara dos deputados com algumas alterações dentre elas a taxação dos dividendos sobre os investimentos em ações, com alíquota de 25%.
Até então dividendos no Brasil não são tributados, tornando algumas ações da bolsa muito atraentes por causa de repasses grandes e frequentes como ações do setor financeiro (bancos), elétricas, empresas de saneamento e principalmente fundos imobiliários.
Dividendos são uma parte do lucro obtido pela empresa que são distribuídos entre seus acionistas, onde cada empresa tem uma política diferente de repasse podendo resultar em um percentual muito interessante para o investidor.
A isenção do imposto de renda sobre dividendos era uma das principais atratividades dessas ações na bolsa e dos fundos imobiliários, a partir do momento que essa vantagem é comprometida, o preço dessas ações reflete esse temor. Pois, caso a proposta siga avançando e em 2022 já seja realidade, esses investimentos perdem a atratividade, jogando os preços para baixo com essa expectativa.
Junto a essas alterações o pagamento de juros sob capital próprio chega ao fim. O mecanismo semelhante ao dividendo que já era repassado com o desconto do imposto de renda morre tendo em vista que tudo agora resume-se a dividendo.
Uma mudança interessante para os praticantes da modalidade é que a proposta visa alterar também a tributação de operações de daytrade que atualmente é de 20% para uma alíquota de 15%.
A proposta ainda precisa ser aprovada no senado para então receber sansão presidencial para poder entrar em vigor já no começo de 2022.