Cotidiano

Comunidade acadêmica se mobiliza para cobrar a revitalização do Mirr

Com o prédio deteriorado, Museu Integrado de Roraima está fechado para visitação pública há anos

Professores e alunos da Universidade Federal de Roraima (UFRR) fizeram uma visita de reconhecimento, na manhã de ontem, ao Museu Integrado de Roraima (Mirr), no Parque Anauá. O objetivo é identificar todo o material que está em desuso no local e trabalhar numa campanha para a revitalização do prédio.
Com a estrutura toda deteriorada, o Mirr completará 30 anos no próximo dia 13 de fevereiro. A iniciativa da UFRR visa chamar a atenção do Governo do Estado para que faça um reforma das instalações físicas. “Além disso, nós precisamos preservar a história que está dentro do Museu a que ninguém mais tem acesso”, frisou a líder do movimento, professora do Curso de Artes Visuais da UFRR, Leila Batagli.
Segundo ela, é inaceitável que o único museu estadual esteja fechado. “O museu conta, pelo menos, minimamente, a história de um local. Estando fechado, quem vem de fora e quem nasce aqui não têm como conhecer a sua própria história”, destacou a professora.
Ela explicou que foi constatado pelo grupo de estudos da Universidade, que trabalha com Educação Patrimonial, a necessidade de solicitar uma atitude em relação ao descaso sofrido pelo Mirr. “Foi aí que entramos em contato com a Câmara de Cultura Estadual. Eles nos pediram para fazer um abaixo-assinado, que foi realizado no mês de dezembro. Então, nós enviamos para a Câmara, perguntamos o que estava acontecendo e também solicitamos uma visita técnica para constatar a situação real do local”, explicou Betagli.
A diretora do Mirr, Verbena Viera de Lima, considerou a visita uma aula para que os estudantes possam conhecer a fundo o Mirr. “Durante a visita, nós olhamos alguns pontos que ainda vão ser levados para discussão com o presidente do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Roraima [Iacti/RR], quando será elaborada uma carta de reivindicações, pela Universidade, para que o Iacti possa apreciar e dar o próximo passo para a revitalização do Museu”, explicou a diretora.
Conforme ela, o momento serviu para que fosse exposto aos professores e alunos o funcionamento do Mirr. “Eles conheceram os vários setores do Museu, como são o acervo e a história de cada um. Foi uma manhã voltada a demonstrar a necessidade de uma revigorarão. Também para expor o estado caótico em que o museu se encontra”, enfatizou Verbena Lima.
O Museu está fechado para visitação por determinação do Corpo de Bombeiros por causa da estrutura precária. Conforme a diretora, a vontade do governo atual é de que o Mirr volte a ser um instrumento de disseminação da cultura local. “Estamos somando esforços. Eu acho que esse movimento veio somar. A obra já está em andamento. Um prédio na frente do Museu está sendo construindo para armazenar o acervo. E nós, junto com a Universidade, pretendemos levar isso a diante”, frisou.