Cotidiano

Comunidades indígenas recebem 2 mil toneladas de calcário

 Ao longo do mês de abril será feita a distribuição do calcário para os 51 polos indígenas

Para garantir a segurança alimentar e a subsistência das comunidades indígenas, o Governo de Roraima lançou um projeto de produção de grãos nessas áreas. Na manhã desta sexta-feira, dia 9, foi dado o pontapé inicial para a distribuição de duas mil toneladas de calcário agrícola para o preparo de mais de 800 hectares de terras, em nove municípios, contemplando 51 polos.

Cada polo é composto por grupos de trabalho com no mínimo 10 famílias. A meta do projeto é expandir a área plantada para 1.500 hectares, com plantio de milho – para garantir as demais produções, como a alimentação de suínos e outros animais – e feijão, que é para o consumo e o excedente comercializado. Para isso, o Governo terá em estoque mais três mil toneladas de calcário agrícola.

 “Fomentar a agricultura indígena com geração de renda faz parte do meu plano de Governo. Estamos trabalhando para garantir a segurança alimentar das populações indígenas e também a geração de renda, uma vez que o excedente pode ser comercializado e garantir recursos para investimento no próximo plantio”, detalhou.

Nesse primeiro momento, foram destinadas 245 toneladas de calcário agrícola para as comunidades do município de Alto Alegre e outras 182 toneladas para o Amajari. Mais 1.573 toneladas já estão em Caracaraí – vindas do Pará – para dar continuidade à distribuição nos demais polos, que contemplam os municípios de Pacaraima, Uiramutã, Normandia, Bonfim, Cantá, Boa Vista e São João da Baliza.

 Ao longo do mês de abril será feita a distribuição do calcário para os 51 polos indígenas e o plantio dos grãos inicia em maio, aproveitando o volume de chuvas. Dependendo da área, o consumo de calcário varia de uma tonelada a quatro toneladas para a correção do solo.

O projeto é coordenado pela Secretaria do Índio (Foto: Divulgação) 

Participação do Governo

No projeto, cabe ao Governo de Roraima a assistência técnica para o plantio dos grãos, implementos agrícolas e insumos (sementes, por exemplo) e o maquinário para o preparo da terra. O projeto é coordenado pela Secretaria do Índio.

 Cada polo pode ter entre 10 a 40 hectares e grupos de 10 famílias, no mínimo. Para ser contemplada pelo projeto, a comunidade precisa da anuência da Funai (Fundação Nacional do Índio), a definição da área a ser trabalhada para o plantio, além do cercado, para proteger a plantação de animais. “As comunidades devem seguir esses critérios para serem contempladas pelo projeto”, reforçou o diretor de Apoio à Produção Indígena, Claudionor Simon.

 Ele ressaltou que a comunidade deve formalizar o interesse em participar do projeto, para então o Governo iniciar as tratativas e logística. “A comunidade precisa solicitar da Secretaria do Índio para então ser contemplada, uma vez que devem seguir os critérios para a execução do projeto”, pontuou.

 O indígena e tratorista Fernando Mota, da comunidade Vista Alegre, considera o projeto do Governo de grande relevância, uma vez que contribui para a geração de renda das comunidades. “Temos muitos jovens nas comunidades indígenas. Com esse projeto, eles vão trabalhar, aprender uma profissão e garantir o sustento das comunidades”, enfatizou.

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