As comunidades indígenas de Roraima participaram nesta terça-feira, 23, de ato em alusão ao 15º Acampamento Terra Livre (ATL), um movimento nacional em defesa dos direitos dos povos indígenas.
Em Roraima, centenas de indígenas se concentraram na Praça do Centro Cívico, onde os manifestantes caminharam pacificamente com placas e cartazes pedindo por uma saúde de maior qualidade para os povos indígenas, contra a mineração das terras e em favor ao meio ambiente. Um dos gritos de guerra clamava por “nenhum direito à menos”
A pauta também é contrária à algumas atitudes cometidas pela gestão do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), entre elas, a edição da MP 870 que mudou as atribuições de demarcação de terras indígenas e licenciamento ambiental da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“O nosso território está sendo visto como uma riqueza, mas não é para nós. Eles não estão com esse pensamento. E acredito que cada um de vocês sabe que não é para o nosso desenvolvimento, é para a nossa destruição. Destruir o que a gente defende todos os dias: que a nossa Mãe Natureza é o nosso bem viver. A nossa bandeira de luta sempre foi a luta pelo nosso território e a saúde e educação vem junto”, informou uma manifestante.
ATL – O Conselho Indígena de Roraima (CIR) informou que a ação faz parte da maior mobilização indígena do país que inicia a partir de amanhã em Brasília. A informação é que ao menos 20 lideranças indígenas do Estado também vão participar da ação.
O ato nacional acontece nos dias 24 a 26 de abril. A programação consiste em atos, vigílias, cantos, danças e rituais no Supremo Tribunal Federal (STF) e participação de audiência pública na Câmara dos Deputados e outras atividades.