Já imaginou viver três meses sem energia elétrica? Essa é a realidade das quase 50 famílias que moram na Vila Remanso e na comunidade Xixuaú, na região de Santa Maria do Boiaçu, no município de Rorainópolis, sul do Estado. O problema ocorre porque os motores que abastecem as comunidades ribeirinhas, antes de responsabilidade da Companhia Energética de Roraima (Cerr), estão quebrados.
Os prejuízos são diversos e comprometem, além do bem-estar das famílias, o funcionamento das escolas e pequenos comércios das comunidades. Pela falta de refrigeração, um comércio situado na Vila Remanso já perdeu bebidas e quilos de carne. A situação, conforme explicou o vereador Leocádio Rodrigues, já foi levada a conhecimento da Eletrobras Distribuição Roraima diversas vezes, mas nada foi feito até o momento.
Para conservar os alimentos nas residências, a saída encontrada pelas famílias é se dirigir às cidades mais próximas para comprar gelo e voltar às comunidades, apesar de não ser tão eficiente. Durante as visitas que realizou nas comunidades, principalmente na Vila Remanso, que tem aproximadamente 30 famílias, Vasconcelos destacou que a população ainda perdeu o entretenimento que tinha com a televisão e o rádio.
Nos contatos com a Eletrobras, a resposta recebida é a mesma. “Eles dizem que vão tomar providências sobre o caso, que vão providenciar, providenciar… Já se passaram três meses e nada”, frisou. O vereador informou que nenhum outro órgão, além da Eletrobras, foi procurado por ele ou outra autoridade de Rorainópolis, uma vez que a competência da situação é da distribuidora.
Contudo, ele esclareceu que uma denúncia deve ser formalizada até hoje, dia 31, junto ao Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), a fim de que a situação seja resolvida. “Todos os vereadores já estão encaminhando um abaixo-assinado à Eletrobras para cobrar uma solução, porque quem perde são as dezenas de famílias”, pontuou.
OUTRO LADO – A reportagem entrou em contato com a Eletrobras Distribuição Roraima para um posicionamento sobre a situação, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. (A.G.G)