Cotidiano

Condutores correm risco na BR-174

Os buracos nas rodovias federais em Roraima rendem prejuízos a motoristas e provocam acidentes, alguns deles fatais. No quilômetro 18 do Município de Caracaraí, Centro-Sul do Estado, um buraco na BR-174 toma conta de todo um lado da pista e obriga os condutores a dirigirem na contramão. O buraco fica na subida de uma curva, o que aumenta os riscos de acidente.

Os motociclistas correm risco em dobro. No começo da tarde do domingo passado, dia 02, a Folha registrou o risco de acidente no local. Um motociclista com uma mulher e duas crianças na garupa por pouco não caiu ao passar pelo buraco a mais de 100 quilômetros por hora. No local não há sinalização alertando para o perigo.

O motorista, para desviar-se do buraco, precisa entrar na contramão, o que também representa um risco. Quem transita pela rodovia questiona se as autoridades estão esperando alguém morrer para tomarem providências.

A rodovia já passou por inúmeras reformas. A última ocorreu no trecho sul, onde o serviço foi dividido em quatro lotes. Cada lote teve um convênio de mais de R$ 100 milhões, o que chegou a R$ 500 milhões em investimentos do Governo Federal. A obra abrangeu quase 400 quilômetros e foi concluída em 2013.

IRACEMA – Também falta consertar a rodovia perto do Município de Iracema, município vizinho de Caracaraí, ainda na região Centro-Sul do Estado.

Condutores reclamam que os buracos na BR-174 estouram pneus e rendem prejuízos aos condutores. A Folha constatou naquele trecho da rodovia vários pneus estourados.

Em entrevista passada, sobre a manutenção da rodovia, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Roraima, Pedro Christ, explicou que o convênio entre Dnit e Governo do Estado já havia vencido e que o departamento não iria renová-lo porque faria um contrato direto.

Pedro informou ainda que o processo de licitação estava em curso, mas que teria sido adiado uma semana. O superintendente disse que o processo seria finalizado em menos de dois meses, mas como medida paliativa, até o trabalho de restauração começar, o Dnit iria tapar os buracos e providenciar placas para alertar os condutores, o que não aconteceu. (AJ)