Cotidiano

Convênio amplia pesquisa em Roraima

Objetivo do Inpa e UFRR é que pesquisas possam ser ampliadas para os potenciais minerais, aquáticos, vegetais, animais e climáticos do Estado

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a Universidade Federal de Roraima (UFRR) firmaram, ontem, um convênio que contempla uma parte das pesquisas sobre diversidade especificamente em Roraima. Segundo o diretor do Inpa, Luiz Renato de França, será possível ampliar as pesquisas de pós-graduação, considerando os aspectos físicos e biológicos do território roraimense.

O objetivo da ampliação do projeto é para que os estudos não se limitem apenas a uma linha de pesquisa, possibilitando que todo o Estado possa ser explorado em seus potenciais minerais, aquáticos, vegetais, animais e climáticos. Segundo os pesquisadores, a possibilidade de atuar em diversas áreas é o ponto positivo do projeto.

“No Inpa, nós temos os projetos individuais e institucionais. Só de convênios vigentes com outras instituições temos 270. Acabamos de estabelecer um convênio com a Universidade Federal de Roraima em extensão da pós-graduação porque temos desenvolvimento de projetos que coletam dados do Estado sem mapeamento, mas há um projeto institucional em parceria com o Departamento de Geografia da UFRR sobre o estudo da biodiversidade do Estado de Roraima que é específico, ou seja, não coleta dados de outras regiões para se somar aos dados desse Estado”, explicou França.

Antes do novo convênio o Inpa já tinha parceria com os cursos de mestrado e doutorado da Universidade Federal de Roraima. “O curso foi idealizado para ser na área de biologia de água doce, pesca e interior, mas a ampliação é favorável porque podemos especificar a pesquisa”, acrescentou o Diretor do Inpa.

As discussões dos pesquisadores também estão relacionadas com a possibilidade de firmar convênios com outros programas e instituições superiores, como método de dinamizar a pesquisa e qualificar profissionais para atuação na área que compreende a diversidade natural do estado. Consideram que a amplitude do projeto vislumbra a possibilidade de continuidade dos estudos e que não sejam estudos temporários.

A formação de grupos de pesquisadores já é uma realidade em Roraima, que forma profissionais nos cursos de mestrado e doutorado sem que seja necessária a saída do Estado. “Nós estamos com oito estudantes da Universidade Federal conveniados com o Inpa através desse projeto de estudo da biodiversidade do Estado de Roraima com possibilidade de ampliação”, disse o pesquisador do Inpa, Celso Morata.

A pesquisadora Maria Lúcia Absy destacou os alunos dos programas de pós-graduação. “Hoje mesmo tinha um aluno que fez mestrado e doutorado que hoje é professor da Universidade Estadual de Roraima e do Museu Integrado de Roraima. Isto é, tem uma pessoa com um grupo de pesquisa formado”.

Luiz Renato França também acredita que dos núcleos do Inpa, o que se situa em Roraima talvez seja o de maior sucesso, no que se refere aos projetos e convênios. “O núcleo daqui, apesar da logística de não ser muito favorável em termos de manutenção, tem um efeito bom para as instituições como a UFRR. Daí a gente vê que, às vezes, pequenas colaborações ou mesmo ações que a gente julga pequenas, mas para o local são importantes”, frisou. (J.B)