Médicos procuraram a redação da FolhaBV e disseram que foram pegos de surpresa após receberem um documento intitulado “Termo de Responsabilidade”, da Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras).
No documento, é proposto que os médicos são quem devem assumir a responsabilidade caso venham a ser contaminados pelo coronavírus, durante as atividades que desenvolvem no atendimento aos pacientes com covid-19.
Em outro trecho diz, que o Governo de Roraima e a Coopebras ficam isentos de qualquer intercorrência que venha a acontecer com o profissional, inclusive isentos ainda de qualquer responsabilização de herdeiros e/ou sucessores dos médicos.
Documento seria para profissionais acima de 60 anos, diz Coopebras
A Coopebras, por meio de nota, esclarece que, tal documento tratava-se de uma “minuta” de resposta ao Ofício nº 003.2020 – Gerência Técnica/HGR/CGUE/Sesau, cujo teor segue:
“Ao cumprimenta-lo (a), informamos sobre o risco de infecção do novo coronavírus (covid-19) para profissionais da saúde (médicos) acima dos 60 anos, que estão dentro do grupo de risco, se tornando mais vulneráveis a pandemia, sendo assim se fez necessário que estes profissionais assinem um termo para assumir os riscos pela vulnerabilidade caso queira permanecer nas áreas de risco (PA/GT/UTI/BLOCOD)”.
“Verifica-se que a determinação contida no ofício transcrito dizia respeito aos profissionais “acima dos 60 anos” e a minuta em referência tratava-se desses casos. E que para sua reprodução e disponibilização, deveria ainda passar pela análise e avaliação dos membros diretores desta Coopebras o que não ocorreu, e por esta razão vem perante seus cooperados pedir as mais sinceras desculpas e solicitar que, tais termos sejam desconsiderados”, diz trecho da nota.
A Coopebras informa aos cooperados que desconsiderem o teor e reitera o respeito aos profissionais que atuam no sistema de saúde em Roraima. Informou ainda que prestará todo apoio àqueles profissionais cooperados neste momento de pandemia.
OUTRO LADO – A FolhaBV entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina (CRM) e com o Governo do Estado e aguarda retorno.