A Cooperativa de Exploração Mineral de Mucajaí (Coopercajaí), ganhou nova autorização para realizar uma pesquisa em uma área de 3,2 mil hectares em Caroebe, no interior de Roraima. A organização é presidida por Creusa Buss Melotto, que foi condenada por tráfico de drogas em Mato Grosso e já havia recebido permissão para explorar ouro em uma área vizinha à Terra Indígena Yanomami.
A permissão foi concedida pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marcos Antonio Amaro dos Santos e a decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (15). A autorização é obrigatória para empreendimentos em mineração na faixa de fronteira e levou em conta pareceres favoráveis da Agência Nacional de Mineração (ANM). Creusa fez o requerimento em março deste ano.
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Em dezembro do ano passado, a presidente da cooperativa recebeu a autorização para exploração de ouro em uma área de 9,8 mil hectares vizinha ao território indígena. A permissão foi concedida pelo então ministro do GSI, o general da reserva Augusto Heleno.
Creusa chegou a cumpriu pena por tráfico de drogas após ter tentado despachar 42,5 quilos de cocaína para o estado do Rio de Janeiro, camuflada em 26 toneladas de carne congelada. Ela também foi denunciada por suspeita de receptação de pneus roubados e chegou a ser presa em flagrante, mas pagou a multa e foi solta.
A garimpeira atualmente preside a Coopercajaí. A cooperativa, segundo dados da Receita Federal, tem capital social de R$ 1,45 milhão e quer explorar manganês, nióbio, titânio e metais preciosos.
Ela chegou a participar de outra cooperativa de garimpeiros, em Pontes e Lacerda, em Mato Grosso, próximo à fronteira com a Bolívia. A Cooperativa de Mineração Dos Garimpeiros de Pontes e Lacerda (Compel) recebeu várias denúncias junto à Polícia Civil do Mato Grosso.
Atualmente, o presidente da Compel é Iporan Augusto Henrique Buss Melotto, filho de Creusa. Iporan Affonso Buss Melotto foi denunciado à Justiça Federal em 2020 apontado como membro de um grupo criminoso que explorava ilegalmente a extração de recursos minerais na Terra Indígena Sararé, localizada em Pontes e Lacerda, no Mato Grosso.