O fato de o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ter melhorado o nível da classificação da febre aftosa de alto para médio risco em Roraima, esta semana, habilitando o Estado a exportar carne, sem restrição, para o Amazonas, por exemplo, não vai afetar na oferta nem no aumento do preço do produto nos açougues e supermercados de Roraima.
A afirmação é do presidente da Cooperativa dos Produtores de Carne em Roraima (Coopercarne), Disney Mesquista. “Pelo que se vê, no momento, a oferta não é tão grande, por isso essa especulação em relação ao aumento da carne não vai acontecer nos próximos meses, até porque quem regula o preço deste produto é o mercado. E, em curto prazo, posso afirmar que não haverá aumento”, afirmou.
Outro ponto destacado pelo presidente foi quanto ao início da exportação de carne para outros estados. Para ele, isso só deve acontecer a partir dos próximos 30 a 60 dias. “Até porque, na atual circunstância, a gente ainda não tem produto disponível para exportação por conta de que o mercado local está com o consumo aquecido. Mas acredito que em até 60 dias já se poderá iniciar a venda para o Amazonas”, disse.
CRESCIMENTO – Mesquita ressaltou que, com a exportação de carne sem a necessidade da “quarentena”, a perspectiva é de mais investimentos e crescimento no setor. “A notícia de poder exportar carne é muito boa para o setor produtivo de Roraima e não só para os pecuaristas, pois isso aumenta a confiança do produtor no setor e aumenta e proporciona maior investimento na pecuária”, disse.
Segundo ele, a intenção agora é manter o trabalho e chegar a estado livre de aftosa com vacinação. “Com esta nova classificação, os produtores vão estar mais empenhados para melhora a qualidade do produto ofertado à população e investir também para ampliar o rebanho, que hoje está em torno de 800 mil cabeças”, frisou.
Ele explicou que a carne consumida pelos roraimenses é produzida no Estado e que o consumo é de aproximadamente 80 mil cabeças por ano.
PARCERIA – Antecipando-se ao anúncio da melhoria do nível da febre aftosa no Estado, o presidente da Coopercarne disse que já vem propondo parceria com a Universidade Federal de Roraima (UFRR) para cooperação técnica que permita aos alunos dos cursos da área, como Zootecnia e Agronomia, utilizar a estrutura das propriedades rurais para melhor desenvolver o aprendizado.
“Nossa intenção é disponibilizar os currais, animais e equipamentos e tudo que o aluno possa ter para o melhor aprendizado nos cursos a fim de que possam ser profissionais mais estruturados e que no futuro possam ser contratados pelo setor agrícola do Estado”, frisou. (R.R)
Cotidiano
Cooperativa descarta reajuste de preço
Abertura do mercado para exportação de carne bovina sem restrição não afeta na oferta nem no preço do produto