A briga em torno da nomeação de Irisnaide Macuxi para o cargo de diretora do departamento estadual escolar indígena ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (14). A coordenação estadual da Opirr (Organização dos Professores Indígenas de Roraima) divulgou nota em que rebate as acusações feitas por um grupo anônimo de professores de que usa da influência para interesses pessoais.
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Na nota, a coordenação cita as “inúmeras” tentativas para marcar audiências com o governador Antonio Denarium (Progressistas) e destaca que “nada é decidido individualmente pois somos povos de coletivo, não se pode esquecer das decisões tomadas tanto em assembleias quanto em reuniões”.
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A coordenação disse que o protesto contra a nomeação de Irisnaide Macuxi “não tem a ver com interesses pessoais mas com a arbitrariedade utilizada para isso”, e reiterou que Denarium descumpriu a indicação feita pela Opirr, definida em assembleia realizada em junho deste ano.
Para a coordenação, a nomeação desrespeitou as diretrizes do Plano Estadual de Educação (PEE), “que garantem as comunidades indígenas o processo próprio de indicação de profissionais de educação escolar indígena, além da garantia de consulta prévia e informada aos povos indígenas, suas comunidades e instituições sobre todas as medidas que venham afetá-los na implementação do PEE”.
Por fim, a nota reitera não saber o motivo da exoneração da professora Gleide de Almeida Ribeiro, indicada pela assembleia da Opirr, e que não realizará outra reunião para tratar o assunto. “O que o Governo de Roraima está fazendo é segregar nós indígenas e não podemos aceitar”, finalizou.
Por duas vezes, o governo estadual disse à Folha ter “todo respeito e compromisso com as lideranças e povos indígenas” e defendeu que Irisnaide Macuxi também representa comunidades indígenas presidindo a Sodiurr (Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima). Além disso, a diretora disse que não comentaria o assunto no momento.
