Cotidiano

Coronavac é a vacina mais aplicada em Roraima 

Quase metade dos vacinados no Estado receberam o imunizante do Instituto Butantan

Segundo informações do vacinômetro oficial do Governo do Estado, a Coronavac é o imunizante mais aplicado na população de Roraima

Do total de vacinados, a vacina brasileira representa 43% dos vacinados, o equivalente a 152.903 doses; frente a 36% imunizados com a Astrazeneca (127.814 doses), 18% com a Pfizer (63.025 doses) e 3% com a Janssen (9.641 doses únicas).

Informação correta também pode salvar vidas. Por isso, a FolhaBV listou sete fatos sobre a CoronaVac, vacina do Butantan contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. 

1. A eficácia da vacina pode aumentar com um intervalo maior entre doses

Um artigo científico encaminhado por cientistas do Butantan em abril para a revista científica The Lancet mostrou que a eficácia global da CoronaVac, que aponta a capacidade que o imunizante tem de proteger em casos leves, moderados ou graves, pode chegar a 62,3% se o espaço entre as duas doses for de 21 dias ou mais. 

2. A CoronaVac é feita a partir de vírus inativados

A vacina do Butantan é produzida com vírus inativados do novo coronavírus, ou seja, não oferece nenhum risco de infecção pela doença. O vírus é cultivado para se multiplicar e, depois, é inativado por meio de calor ou produto químico. Essa tecnologia é uma especialidade do Butantan e é usada em outras vacinas, como a da gripe.

3. CoronaVac é eficaz após a segunda dose

A segunda dose do imunizante é um reforço da primeira e é imprescindível para completar o esquema vacinal. Sem a segunda dose, a eficácia da vacina não é garantida. Vale lembrar que doses escalonadas são práticas comuns em programas de vacinação para reforçar a primeira dose. Isso está previsto na cartilha de vacinação do Ministério da Saúde e é importante para que o organismo aprenda a se defender melhor do vírus. 

4. Coronavac pode causar reações adversas

Efeitos adversos são esperados e previstos em bula. Porém, a CoronaVac possui alto perfil de segurança e utiliza uma das tecnologias em fabricação de vacinas mais estudadas e seguras do mundo. No Brasil, dados sobre a segurança da vacina do Butantan foram obtidos em ensaios clínicos de fase 3 com milhares de voluntários em 2020. As reações adversas foram muito leves e não foi necessária atenção médica maior. Já no estudo clínico realizado pelo Butantan na cidade de Serrana, denominado Projeto S, foram administradas 54.882 doses na população adulta do município e não houve relato de evento adverso grave relacionado à imunização. 

5. CoronaVac não deve ser tomada junto a outras vacinas

Após tomar a vacina da gripe, por exemplo, ou qualquer outra, é preciso esperar pelo menos duas semanas para receber a vacina contra a Covid-19. Esse cuidado é necessário porque ainda não foram estudados os possíveis efeitos de tomar a CoronaVac com outras vacinas.

6. Medidas de proteção continuam sendo necessárias após a vacinação

Nenhuma vacina é 100% eficaz e a função principal dos imunizantes é proteger contra casos graves, internações e óbitos em decorrência da Covid-19. Para se proteger contra a infecção, é essencial continuar seguindo as recomendações sanitárias, como uso de máscaras, distanciamento social e higienização constante das mãos.

7. CoronaVac já comprovou sua efetividade no mundo real

A CoronaVac foi a primeira vacina a ser testada em uma população inteira, ou seja, comprovou sua efetividade também no mundo real, além dos ensaios clínicos de eficácia. 

Uma das conclusões do Projeto S é que, ao atingir-se uma cobertura vacinal de aproximadamente 75% da população adulta, foi possível controlar a epidemia no município. Além de evitar a grande maioria das internações e óbitos por Covid-19, a vacinação conseguiu diminuir a transmissão do vírus – beneficiando até mesmo os habitantes que não puderam ser imunizados.