O corte de energia elétrica por não pagamento da conta de luz voltará a acontecer a partir de 1° de agosto em todo o Brasil, incluindo Roraima. Para consumidores de baixa renda, atendidos pela Tarifa Social, o corte continua suspenso até o dia 31 de dezembro.
A Roraima Energia informou à reportagem da FolhaBV que está readequando seus processos para atender as deliberações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e que a partir do dia 3 de agosto, todas as lojas de atendimento voltarão ao horário normal, das 08h às 16h sem interrupção para o almoço.
A empresa informou ainda que iniciará a partir do dia 1º a contagem dos prazos de reaviso de débito para então suspensão de fornecimento por inadimplência para as classes consumidoras citadas na resolução 878/2020 publicada em junho, que prorrogou até 31 de julho, a proibição do corte de fornecimento de energia elétrica por inadimplência de unidades consumidoras residenciais urbanas e rurais , incluindo baixa renda, além de serviços e atividades consideradas essenciais pela legislação, tais como assistência médica e hospitalar, unidades hospitalares, institutos médico-legais, centros de hemodiálise e de armazenamento de sangue, entre outros.
A Roraima Energia ressaltou ainda que os avisos de débitos pendentes, são demonstrados na própria fatura de energia. Ainda de acordo com a empresa, a inadimplência total em 2020 aumentou de 10% para 19%.
Para amenizar os efeitos negativos causados pela pandemia, a Roraima Energia informou que investiu nos seus canais de atendimento para que o consumidor pudesse resolver pendências e realizar seus parcelamentos através do 0800 70 19 120 com condições especiais, além de ter a opção de parcelar sua fatura direto no cartão de crédito.
Consumidores devem ficar atentos às dívidas acumuladas, diz economista
O momento da volta do corte de luz também acende um alerta vermelho sobre as dívidas acumuladas durante a pandemia. Neste momento, de acordo com o economista Fábio Martinez, é preciso encontrar algumas alternativas para evitar o corte e reorganizar as despesas.
“A primeira coisa que a pessoa precisa saber é o que ela deve, e exatamente qual a primeira fatura que ela deixou de pagar, e qual é o juros que ela vai ter que pagar pelo atraso da fatura. É importante também verificar junto com as empresas, ou com o órgão, a possibilidade de parcelamento dessas dívidas, pois a gente sabe que além do pagamento dessas despesas que acumularam, existem as despesas corriqueiras do mês corrente, então ela tem que verificar isso para não gerar outro problema”, explicou.
Martinez também deu dicas de como se organizar financeiramente. “A pessoa tem que saber exatamente com o que ela está gastando, ou seja, anotar numa planilha, em um papel, ou no computador, todas as despesas que ela possui e também as receitas, que nesse período podem ter sofrido mudanças. Esse é o primeiro passo para saber se a conta entre despesas e receitas fecha e assim se reorganizar financeiramente”, acrescentou.