Terminou ontem, 30, o prazo para a compra de doses da vacina contra a aftosa nas lojas agropecuárias credenciadas. A partir de hoje, 1º, o criador só pode adquirir a vacina mediante autorização da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), que também vai acompanhar todo o processo de imunização. Os que já vacinaram e não notificaram o órgão, no entanto, têm até o próximo dia 15 para realizar a notificação.
Até a última sexta-feira, 27, três dias antes do encerramento da Campanha de Vacinação Contra a Aftosa fora das comunidades indígenas, apenas 36% do rebanho havia sido atingido, o que representa cerca de 275 mil cabeças de gado. Contudo, o diretor de Defesa Animal da Aderr, Vicente Barreto, apontou que a cobertura está dentro da normalidade, conforme o acompanhamento realizado pela agência.
“O percentual deve ter aumentado durante o final de semana, até porque foram os últimos dias. Vamos aguardar até amanhã, 2, para ter um levantamento da situação conforme as notificações recebidas. Ainda há o fato de que muitos vacinam, mas não notificam a agência”, disse. Assim, a Aderr vai acompanhar os serviços nos municípios até o dia 15 de maio.
Fora das comunidades indígenas, a aplicação das doses é de responsabilidade dos criadores. Os que não realizam o procedimento no prazo estipulado precisam da autorização da agência. Após o consentimento, a compra é efetuada e o trâmite é realizado normalmente, exceto pelo fato de a Aderr acompanhar a vacinação em tempo real, também conhecida como vacina assistida.
Pelo fato de a Aderr trabalhar com foco na meta de 100% de cobertura, a busca ativa acaba fazendo parte do processo da campanha. “Na etapa passada, a cobertura registrada durante o prazo determinado foi de 98%. A Aderr então foi atrás dos 2% para chegar ao objetivo final”, contou. O intuito, segundo Barreto, é manter o índice de 100% para que o país consiga o status de Livre de Aftosa Internacional com Vacina, previsto para ser entregue este mês.
Conforme o diretor, não existe multa aos criadores que não vacinam dentro do prazo, desde que o processo de imunização seja devidamente realizado. Por sua vez, os criadores inadimplentes estão sujeitos a pagamento de multa de R$ 1.349,00 por propriedade e de mais R$ 82,00 por animal não vacinado. “Eles devem procurar a agência para regularizar a situação”, orientou.
RECONHECIMENTO INTERNACIONAL – O Brasil vai receber este mês, na 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da Organização Internacional de Saúde Animal (Oie), o Certificado Internacional de Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação. O reconhecimento é devido à abrangência do status em todo o país.
Roraima, no caso, será um dos estados a receber a certificação, o que vai permitir a exportação da carne produzida no Estado. Em novembro de 2016, Roraima conquistou o status de Zona Livre da Aftosa com Vacinação em razão do cumprimento de uma série de exigências estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Oie. (A.G.G)