Cotidiano

Crianças ainda podem ser vacinadas contra sarampo e poliomielite

Em Roraima, 70% do público-alvo para sarampo foi vacinado e 93%, para poliomielite; meta é vacinar 95%

Os pais e responsáveis que ainda não providenciaram a imunização de crianças contra o sarampo e a poliomielite ainda têm em tempo. Por orientação do Ministério da Saúde, a campanha, iniciada no dia 8 de novembro e prorrogada, inicialmente, até 31 de dezembro, deve permanecer durante todo o ano de 2015. A meta é imunizar 95% do público-alvo. Em Roraima, 70,12% e 93,06% do total foram imunizados contra sarampo e poliomielite, respectivamente.
Os imunobiológicos estão disponíveis em todos os postos de saúde e fazem parte do calendário de rotina da criança. Os postos de saúde estarão abertos das 8h às 17h. Em Roraima, 45.462 crianças compõem o público-alvo para poliomielite (crianças de seis meses a menores de cinco anos) e 40.160 para sarampo (crianças de 1 a 5 anos incompletos). O núcleo recebeu, respectivamente, 63.700 e 45.200 doses, totalizando 108.900 doses. As quantidades excedentes à campanha foram enviadas pelo Ministério da Saúde, considerando que as doses fazem parte do cronograma vacinal.
A dona de casa Eliene Ferreira, 34 anos, está entre os que não levaram os filhos para vacinar. Embora diga que entenda a importância da imunização para a criança, a mãe afirma que a temida agulha é o motivo da demora. “Quando vacinei meu outro filho, foi muito doloroso. Parece que doeu mais em mim do que nele. Ele chorou muito, ficou enjoado e com febre por dois dias. Sei que tenho que vacinar minha filha mais nova, mas estou me preparando psicologicamente”, disse, apreensiva.
Segundo o Ministério da Saúde, estes efeitos adversos são normais. Além disso, a vacina também tem restrições para quem tem alergia ao leite de vaca.
PÓLIO E SARAMPO – A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave e a única forma de prevenção é por meio da vacinação. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.
Já o sarampo é uma doença viral aguda, grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações – como otite, pneumonia, diarreia, entre outras – contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção também é por meio da vacina.
Os últimos registros de contágio no Brasil ocorreram em 2000. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados ou relacionados à importação, com concentração nos estados de Pernambuco e Ceará, o que motivou a realização da campanha. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). (Y.L)