O evento “Resgatar para não esquecer – Viva o Folclore”, foi realizado nesta quarta-feira, 13, na Biblioteca do Palácio da Cultura Nenê Macaggi. A ação, que é celebrada em alusão ao Dia do Folclore, levou alunos do Colégio Aplicação (CAP) para escutarem história, conhecerem a Biblioteca e interagir com personagens marcantes da cultura roraimense.
A atividade é fruto da parceria entre a Biblioteca e o Projeto Curumim Leitor, desenvolvido por professoras do Colégio Aplicação. Entre as ações executadas, está a interação entre Cecy Lya Brasil, autora roraimense da Coleção Ajuri, livro que contém seis lendas roraimenses, com as crianças.
Kátia Drummond, diretora da Biblioteca do Palácio da Cultura, explica que todos os anos são realizadas ações que celebram o folclore. Este ano, a parceria com o Curumim Leitor visa resgatar a cultura e ensinar para as crianças a necessidade de manter viva as tradições.
“Nós da região norte, principalmente Roraima, que é um estado riquíssimo de tradições, não pode deixar a cultura morrer. Por isso, nós realizamos essas ações pontualmente todos os anos para tentar sensibilizar e manter viva a cultura. Essas crianças saem com a missão de multiplicar, elas levam para casa o que elas aprenderam”, comentou.
Uma das professoras-coordenadoras do Curumim Leitor, Emanuella Vasconcelos, explica que o projeto incentiva o interesse das crianças pela leitura e escrita. No evento de hoje, o objetivo é tornar o conhecimento sobre as raízes culturais do estado acessível a elas.
“Nós entendemos que é importante para essas crianças, principalmente para que elas divulguem sua cultura. Para isso, é necessário que elas conheçam e apreciem, assim naturalmente ela vai multiplicando o que conheceu e auxiliando, tanto ela mesma quanto aos demais, a conhecer e a preservar nossa cultura e partilhar com outras pessoas”, declarou.
Ana Maria, uma das alunas participante do evento, contou que aprendeu novas histórias e está preparada para passar os seus conhecimentos adiante.
“Está sendo maravilhoso e estou aprendendo muitas coisas novas aqui. As histórias são bem interessantes. É bem importante aprender para quando crescermos podermos contar para nossos filhos, passando de geração em geração”, declarou.
Emanuella quanto Kátia destacaram a importância de permitir que as crianças tenham acesso detalhado a história local. A professora, também apontou sobre a ausência de visitas a Biblioteca e que, entre os alunos da turma, poucos já haviam conhecido o Palácio da Cultura e recorda que para falar de história, é importante envolver os livros.
“Sabemos que a maioria das crianças são roraimenses, mas poucas vieram a Biblioteca e algumas só conhecem por passar aqui na frente. Nós entendemos que para celebração do folclore é necessário que nós, que atuamos com criança, demos um direcionamento para o nosso folclore roraimense. Então, pensamos em partir das histórias, não tem como falar de cultura, de história, das lendas brasileiras sem falar das autoras e coleções.”, finalizou.