RAÍZES RORAIMENSES

Crianças aprendem sobre a cultura e tradições de Roraima

A ação celebra o Dia do Folclore e visa resgatar e ensinar as crianças sobre a cultura e raízes roraimenses.

O evento ocorreu das 8h às 11h, no Palácio da Cultura, no Centro. (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
O evento ocorreu das 8h às 11h, no Palácio da Cultura, no Centro. (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

O evento “Resgatar para não esquecer – Viva o Folclore”, foi realizado nesta quarta-feira, 13, na Biblioteca do Palácio da Cultura Nenê Macaggi. A ação, que é celebrada em alusão ao Dia do Folclore, levou alunos do Colégio Aplicação (CAP) para escutarem história, conhecerem a Biblioteca e interagir com personagens marcantes da cultura roraimense.

A atividade é fruto da parceria entre a Biblioteca e o Projeto Curumim Leitor, desenvolvido por professoras do Colégio Aplicação. Entre as ações executadas, está a interação entre Cecy Lya Brasil, autora roraimense da Coleção Ajuri, livro que contém seis lendas roraimenses, com as crianças.

Crianças reunidas para escutar as histórias, ao fundo é possível ver Cecy Lya Brasil sentada na cadeira. Após o passeio pela biblioteca, a autora interagiu com as crianças. (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

Kátia Drummond, diretora da Biblioteca do Palácio da Cultura, explica que todos os anos são realizadas ações que celebram o folclore. Este ano, a parceria com o Curumim Leitor visa resgatar a cultura e ensinar para as crianças a necessidade de manter viva as tradições. 

“Nós da região norte, principalmente Roraima, que é um estado riquíssimo de tradições, não pode deixar a cultura morrer. Por isso, nós realizamos essas ações pontualmente todos os anos para tentar sensibilizar e manter viva a cultura. Essas crianças saem com a missão de multiplicar, elas levam para casa o que elas aprenderam”, comentou.

Kátia Drummond explica que a Biblioteca está sempre aberta à sugestões de eventos e que os interessados em realizar atividades junto a instituição pode ir ao local conversar com a equipe ou entrar em contato com a Secretária de Estado da Cultura (Secult/RR). (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

Uma das professoras-coordenadoras do Curumim Leitor, Emanuella Vasconcelos, explica que o projeto incentiva o interesse das crianças pela leitura e escrita. No evento de hoje, o objetivo é tornar o conhecimento sobre as raízes culturais do estado acessível a elas.

“Nós entendemos que é importante para essas crianças, principalmente para que elas divulguem sua cultura. Para isso, é necessário que elas conheçam e apreciem, assim naturalmente ela vai multiplicando o que conheceu e auxiliando, tanto ela mesma quanto aos demais, a conhecer e a preservar nossa cultura e partilhar com outras pessoas”, declarou.

Emanuella Vasconcelos explica que o projeto atende crianças, incluindo de outras escolas conforme são solicitadas. (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

Ana Maria, uma das alunas participante do evento, contou que aprendeu novas histórias e está preparada para passar os seus conhecimentos adiante. 

“Está sendo maravilhoso e estou aprendendo muitas coisas novas aqui. As histórias são bem interessantes. É bem importante aprender para quando crescermos podermos contar para nossos filhos, passando de geração em geração”, declarou.

Ana Maria também comentou sobre a importância das crianças aprenderem sobre a cultura para que elas saibam responder quando forem questionadas. (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

Emanuella quanto Kátia destacaram a importância de permitir que as crianças tenham acesso detalhado a história local. A professora, também apontou sobre a ausência de visitas a Biblioteca e que, entre os alunos da turma, poucos já haviam conhecido o Palácio da Cultura e recorda que para falar de história, é importante envolver os livros.

“Sabemos que a maioria das crianças são roraimenses, mas poucas vieram a Biblioteca e algumas só conhecem por passar aqui na frente. Nós entendemos que para celebração do folclore é necessário que nós, que atuamos com criança, demos um direcionamento para o nosso folclore roraimense. Então, pensamos em partir das histórias, não tem como falar de cultura, de história, das lendas brasileiras sem falar das autoras e coleções.”, finalizou.