Começa nessa segunda-feira, 11, a Campanha Nacional de Multivacinação em Boa Vista. A proposta é atualizar o cartão de vacinação da população, principalmente das crianças e adolescentes de zero a menos de 15 anos do sexo masculino, tendo em vista a dificuldade de adesão às campanhas. O ‘Dia D’ da campanha está previsto para 23 de setembro, com unidades de saúde em regiões estratégicas.
O superintendente de Vigilância em Saúde de Boa Vista, Emerson Capistrano, comentou que a campanha acontece em um momento adequado diante das informações de epidemias de doenças que rodeiam o Estado. Casos de sarampo foram registrados na Venezuela e um surto de caxumba deixou o Amazonas em alerta.
Capistrano ressaltou que os adultos que estiverem com o cartão de vacina atrasado também devem aproveitar a campanha, ainda que não façam parte do público-alvo. “A campanha é para todos. O que acontece é que, de forma geral, a gente não tem uma boa cobertura de meninos”, disse. Na última campanha, referente a HPV, o número de adolescentes do gênero masculino não foi satisfatória.
Todas as vacinas do calendário de crianças e adolescentes vão estar disponíveis, apesar de o superintendente não ter uma estimativa de quantidade. A tríplice viral, que combate catapora, caxumba e sarampo é uma das vacinas que será fornecida durante a multivacinação. “Esperamos que os pais levem suas crianças para tomarem a vacina diante desses surtos na Venezuela e no Amazonas que estamos analisando”, disse.
Capistrano destacou que o município está finalizando uma programação que inclui todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. Nos bairros mais distantes do Centro e que ainda não possuem uma unidade de saúde, serão disponibilizados postos, a fim de cobrir toda a parcela da população que ainda não conta com o serviço de saúde. Até o momento, os atendimentos vão ocorrer em horário comercial.
O superintendente explicou que está conversando com as equipes da saúde básica para possivelmente estender os horários, considerando os pais que não têm como levar os filhos durante a semana e até aos finais de semanas, por conta do trabalho. “Mas isso ainda está em estudo, não está nada fechado. O que a gente quer propor é aumentar o acesso à população. Então vamos fazer de uma maneira que haja adesão, não adianta estender horário se ninguém for”, finalizou. (A.G.G)