A crise sanitária e humanitária na Terra Yanomami, foi tema principal a primeira plenária Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), órgão de assessoramento imediato à Presidência da República.
O Consea foi extinto em 2019 na gestão de Jair Bolsonaro. Retomado neste ano, pelo governo Lula, o Conselho funciona como um meio para a participação e o controle social na formulação, no monitoramento e na avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional.
Durante a plenária, foram expostos vários aspectos da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) na Terra Yanomami, a partir da apresentação de diagnósticos dos ministérios da Saúde, Defesa, Justiça e Segurança Pública, Desenvolvimento e Assistência Social, Casa Civil e, ainda, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A plenária ocorreu no último dia 28.
“Essa primeira sessão de trabalho que trata da questão do povo Yanomami tem um significado profundo. Primeiro pela situação em que eles estão enfrentando, mas segundo, pelo que isso simboliza. Acho que toda a devastação, a desnutrição, a fome que escancarou na nossa frente, apesar de já ser anunciada por muitos anos, mostra também o grau de desestruturação da nossa sociedade”, analisou a presidente do Consea, Elisabetta Recine.
Além do ministro Wellington Dias, da primeira dama Janja Lula da Silva, e da presidente do Consea, Elisabetta Recine, a plenária de abertura contou com as presenças da secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), Lilian Rahal, da secretária de Gestão Ambiental e Territorial Indígena, Maria da Conceição Alves Feitosa, da presidente da Funai, Joênia Wapichana, do diretor do Departamento de Projetos e Determinantes Ambientais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Bruno Cantarella, e do subchefe de Operações da Chefia de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, Brigadeiro André da Silva Ferreira.