Cotidiano

CRM pede impugnação de seletivo para médicos e fisioterapeutas

Segundo o CRM, o edital deixa em aberto alguns pontos importantes para a decisão dos médicos em participar do seletivo

Um pedido de impugnação do seletivo lançado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) para a contratação de 800 profissionais, entre médicos e fisioterapeutas foi protocolado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM/RR), nessa quarta-feira, 20, na secretaria e na Procuradoria Geral do Estado.

De acordo com a presidente do CRM, Rosa Leal, a medida foi necessária, pois segundo ela, o edital não está claro em alguns pontos.

“Apoiamos a realização do seletivo, no entanto o edital deixa em aberto alguns pontos importantes para a decisão dos médicos de participar do certame, como a questão dos vínculos e da carga horária que seria inicialmente de 36 horas, e no edital consta como 40 horas”, informou.

“Temos 970 médicos em Roraima e cerca de 80% já estão trabalhando em outros locais, ou aprovados em concurso pela prefeitura e a constituição prevê que o profissional não tenha mais de dois vínculos, e isso não ficou claro, portanto muitos médicos não estarão aptos a participar do seletivo”, acrescentou.

Ainda segundo Rosa, o CRM solicita um prazo maior para as inscrições.

“Já protocolamos na Sesau o pedido, e também falamos com o procurador geral, e nos foi garantido que o edital será revisto. Queremos deixar claro que somos a favor do seletivo, porém, ele precisa ser melhor formulado”, concluiu.

OUTRO LADO –  A Sesau (Secretaria de Saúde) informou, por meio de nota, que recebeu o pedido do CRM (Conselho Regional de Medicina), e as adequações necessárias foram providenciadas, incluindo a prorrogação do período de inscrição.

A Sesau ressaltou que o edital tem como objetivo o preenchimento urgente de vagas para os cargos de médico e fisioterapeuta, por tempo determinado.

“O foco do processo é o reforço de profissionais de saúde para atuarem no enfrentamento do Coronavírus (COVID-19), em um dos centros de atendimento

da Covid-19 em Roraima”, diz trecho da nota.