Cotidiano

CRM-RR afirma que não há necessidade de abertura de 782 leitos

Para a presidente Rosa Leal, criação deveria ter sido efetivada ainda em abril, na época em que estrutura estava apta para funcionamento

O Hospital de Campanha, focado para pacientes com covid-19, tem a previsão de abertura de 782 leitos no Estado. Para o Conselho Regional de Medicina em Roraima (CRM-RR), no entanto, não há necessidade para abertura de tantos espaços de atendimento em junho.

Segundo a presidente do CRM-RR, Rosa Leal, os mais de 780 leitos deveriam ter sido abertos ainda em abril, quando a estrutura já estava apta para funcionamento e Roraima tinha apenas seis mortes confirmadas.

“Já estamos começando a atingir o pico da covid em Roraima, como também em outros estados. E o hospital é temporário. Talvez, no início da pandemia, a gente precisasse de uns 300 leitos. E outra, não há insumos, respiradores suficientes para se abrir 782 leitos. Isso é demagogia dizer uma coisa dessas”, declarou Leal.

A presidente do Conselho também destacou que desde o anúncio da instalação do Hospital de Campanha em Boa Vista para atender pacientes com covid-19, o órgão alerta para que a contratação seja somente de profissionais com diplomas revalidados e registro no CRM.

“Em nenhum momento queremos fazer reserva de mercado, em nenhum momento nós queremos pensar em salário, pelo contrário. A nossa preocupação é com a população, com a comunidade que está sendo novamente enganada. Já chega de politiqueiros querendo enganar a população”, disse. “ É uma situação bem complicada, de se resolver nesse sentido. Não é que a gente não queira que eles não trabalhem,  a gente quer que eles trabalhem, mas dentro das leis, respeitando as leis que regem a profissão dentro do nosso território”, completou.

ENTENDA – No dia 08 de junho, a Justiça em Roraima entendeu que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) não pode contratar médicos estrangeiros sem diploma revalidado no Brasil e sem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM-RR). A decisão é de autoria do desembargador relator do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), Jefferson Fernandes.