A professora Maria Vilma de Souza da Silva, de 45 anos, reclamou que foi prejudicada no processo seletivo para professores horistas licenciados em Pedagogia da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) pela publicação errada de sua data de nascimento.
Conforme a lista final de candidatos divulgada, Maria Vilma foi classificada em 335º lugar no cadastro reserva com 80 pontos. Segundo o edital de abertura do processo seletivo, o quesito “maior idade” é o último dos critérios de desempate. Por ele, ela poderia ter sido aprovada em 239º lugar.
“Fiz 80 pontos, porém muitas pessoas também ficaram com essa nota e os critérios de desempate são maior idade e maior título. Infelizmente a colocaram no Diário Oficial que nasci 20 anos depois e por esse motivo fiquei prejudicada, não fui convocada”, detalhou
No resultado final da análise curricular publicado no Diário Oficial do Município de 19 de janeiro, consta que a docente nasceu em 3 de julho de 1997. Mas ela rebate, dizendo que seu ano real de nascimento é 1977. Como o site não permitia recurso, Maria Vilma foi pessoalmente à Smec, mas foi informada de que ela mesma teria errado a informação ao se inscrever.
A profissional reclamou que quem lhe atendeu tampouco provou o erro, pois não apresentou o relatório com as informações que a profissional colocou no ato da inscrição. “Só quero minha vaga de trabalho que conquistei honestamente. Estou sendo excluída por erro que pode ter sido da pessoa que digitalizou aquele documento”, afirmou.
Em 30 de dezembro, a Prefeitura de Boa Vista lançou o seletivo com oferta de 268 vagas e hora-aula de R$ 33,70, para jornada de trabalho de 25 horas semanais. O certame vale por seis meses e pode ser prorrogado por igual período.
Procurada, a Smec disse que a falha foi da candidata. “Todo processo seletivo para professor horista foi feito por meio de inscrição online, ou seja, as informações fornecidas no ato da inscrição são de inteira responsabilidade do candidato, que preencheu os dados e digitalizou os documentos necessários, não sendo possível alterar no sistema. A análise de recurso no processo seletivo, por exemplo, avalia se houve falha por parte da avaliação, mas nesse caso, a falha foi do candidato que digitou a informação errada”, esclareceu.
*Por Lucas Luckezie