Cotidiano

Defensoria Pública deve entrar com ação extrajudicial contra a Caixa

O motivo da ação seria porque a Caixa Econômica teria transferido a posse dos contratos das residências do bairro Cruviana para uma empresa privada

Representantes da Associação dos Moradores do bairro Cruviana se reuniram com a Defensoria Pública do Estado (DPERR), quando relataram que estão tendo dificuldades para pagar as mensalidades das casas do programa Minha Casa Minha Vida.

Na reunião, os moradores informaram que a Caixa Econômica Federal teria bloqueado os contratos antes do vencimento das parcelas e agora não conseguem mais pagar.

“A Caixa transferiu a posse dos contratos das residências do bairro para escritório de advocacia, que está cobrando os moradores, por meio de ligações telefônicas, para pagar o valor integral das mensalidades e os juros por atraso, o que ultrapassa R$ 500 reais”, afirmou a presidente da Associação de Moradores do Cruviana, Ester Pereira Rodrigues.

“Mais de 500 pessoas estão sendo prejudicadas por não conseguir dar continuidade aos pagamentos das parcelas dos imóveis. O contrato assinado junto a Caixa estabelece que o morador deve pagar uma porcentagem do valor total das mensalidades por 120 meses, o que representa cerca de 10 anos, e o excedente é pago pelo governo federal. Ao finalizar os 12 meses a residência terá custado cerca de 39 mil”, ressaltou a presidente da associação.

O defensor público-geral Stélio Dener informou que a Defensoria Pública vai tentar fazer uma conciliação amigável entre os mutuários e a Caixa. 

“A Defensoria entrará em contato com a superintendência e gerência da Caixa Econômica em Roraima, que são responsáveis pelos contratos. Caso contrário, a Defensoria vai atender individualmente cada morador para que entre com acione a Caixa judicialmente”, disse o defensor público-geral Stélio Dener.

A presidente da associação ainda mostrou preocupação com a retirada do subsídio do Governo, pois, segundo ela, o valor da mensalidade se tornaria alto.

“Esperamos uma resposta o mais rápido possível. O nosso prazo de 10 anos para pagamento finaliza dia 30 de junho e o quanto antes tiver resposta é melhor para nós. De cerca de mil moradores, 500 estão sendo prejudicados, pois não liberam as parcelas para pagamento. Nós não queremos ficar sem pagar, mas que seja feito de maneira justa para nós moradores”, enfatizou.