As chuvas chegaram! Mesmo que o serviço de meteorologia não conte com enchentes, a Defesa Civil Municipal já começou a adotar medidas preventivas para evitar surpresas desagradáveis. Na semana passada, a reportagem presenciou uma equipe no bairro Caetano Filho, popularmente conhecido como “Beiral”, recadastrando famílias que moram em áreas de risco.
O diretor da Defesa Civil, Amarildo Gomes, informou que as visitas acontecem de forma rotineira, com o intuito de atualizar cadastros para diferentes situações, inclusive a possibilidade de inundações. Com a demolição do Beiral, apenas duas famílias estão em áreas consideradas de maior risco. “A situação não é crítica. É apenas trabalho de prevenção”, disse.
Além do Centro, as equipes da Defesa Civil também visitaram outros sete bairros durante as duas últimas semanas, sendo: Caranã, Cauamé, Paraviana, Nova Cidade, Jardim Olímpico e Jóquei Clube, tendo em vista a proximidade em relação a igarapés e rios.
Ao todo, 240 famílias foram recadastradas. O número, contudo, não é definitivo, tendo em vista que muitas casas estavam fechadas na hora da visita.
Quanto ao alojamento em caso de inundações, a Defesa Civil costumava utilizar os ginásios dos bairros Tancredo Neves e do Pintolândia. Mas, com a situação dos imigrantes venezuelanos e a necessidade de locais para recebê-los, a Defesa Civil começou a fazer levantamento de outros possíveis locais de abrigos. Principalmente escolas que possuam estrutura adequada.
O diretor enfatizou que não há previsão de enchentes, bem como não se espera que nenhum bairro alague, já que o único local de alto risco foi demolido. Diariamente, a Defesa Civil acompanha o nível do rio e o volume de precipitações.
“Tudo dentro da normalidade. Nossa orientação na verdade é de não construir ou morar perto de áreas de alagamento. Na dúvida, basta procurar a Defesa Civil que a gente orienta”, finalizou.
VENEZUELANOS – Pelo fato de a situação dos imigrantes venezuelanos ser administrada por órgãos federais, Gomes informou que foge à competência da Defesa Civil Municipal qualquer atuação nesses abrigos, no caso de alagamentos. “O Exército já tomou conta. No entanto, se formos solicitados, podemos ajudar, mas a competência é do Exército”, falou.