Cotidiano

Defesa Civil decide não interditar praias após ataques de piranhas

O trabalho de monitoramento da Defesa Civil Municipal nas praias urbanas de Boa Vista constatou que o risco de ataques de piranhas não seria mais uma preocupação. Novos ataques não foram registrados e a possibilidade de interdição dos locais foi descartada.  No entanto, é recomendado que a população tenha cautela e evite jogar alimentos na água para evitar que o peixe carnívoro seja atraído.

O diretor da Defesa Civil, Amarildo Gomes, disse que as piranhas estavam em desova quando os ataques ocorreram, e que isso faz com que elas fiquem mais agressivas. Atualmente, ele informou que a situação se normalizou, mas que pesquisa e análises ainda estão sendo realizadas para saber porque esses casos aconteceram repentinamente, sendo que em outros anos não.

Cerca de 15 ataques foram registrados na praia da Polar, no bairro Paraviana, Zona Norte, e na praia do Caçari, na Zona-Leste da Capital. “Esses ataques repentinos e esporádicos são uma novidade para nós. No primeiro momento, pensamos em interditar as praias, mas depois de estudos e consultas a alguns especialistas, chegamos a conclusão que a interdição não seria necessária”, disse ao acrescentar que o monitoramento das praias já ocorre com o trabalho Guarda Vida, mas que foi intensificado no período dos ataques.

“Era um momento em que as piranhas estavam desovando e alguns especialistas nos esclareceram que esse momento já acabou. Durante três dias fizemos alguns experimentos e constatamos que não há mais risco iminente como aconteceram nas últimas semanas, porém riscos de ataques de piranhas sempre existem como em qualquer rio, mesmo que mínimos”, disse acrescentando que as análises e o monitoramento das praias são realizados com o apoio de biólogos.

Logo após os primeiros ocorridos no final de outubro, quando oito pessoas foram mordidas pelo peixe e depois mais casos registrados, a Defesa Civil instalou placas alertando sobre o risco de ataques. No feriado seguinte, no dia 2 de novembro, Dia de Finados, o movimento registrado nas praias foi bem menor que a realidade vista em outros feriados. As pessoas estavam receosas e poucas arriscaram entrar na água.

Comerciantes das praias reclamaram da queda de 30% nas vendas depois das notícias que pessoas que haviam sido mordidas. Muitos que frequentam o local estão preferindo ficar fora da água e aproveitar outras opções de lazer nas praias, principalmente depois que a Defesa Civil fixou placas na areia alertando sobre os riscos de ataques. (A.D).  

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