Cotidiano

Delegado alerta sobre riscos em compras de veículos pela internet

O caso do vendedor Luiz Eduardo Peixoto Araújo, de 34 anos, que foi executado e teve o corpo carbonizado depois de supostamente ter caído em um golpe ao tentar comprar um veículo pela internet, fez com que a Polícia Civil de Roraima reacendesse o alerta à população sobre os riscos de negociações do tipo.

Conforme a Polícia, desde o início do ano passado, mais de 65 pessoas, na Capital e interior, foram vítimas de golpe ao tentarem comprar veículos pelo aplicativo de compras ‘OLX’. Foi justamente o caso de Luiz, que estava negociando um veículo, ao valor de R$ 3 mil, pelo aplicativo há alguns dias e inclusive teria dito à esposa que compraria o automóvel.

O delegado titular do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DPJC), Alexsander Lopes, informou que todos os casos estão sendo investigados pela Polícia, inclusive com identificação e indiciamento dos supostos estelionatários que atuam em sites e aplicativos de compra e venda pela internet.

Lopes traçou um perfil dos golpistas que, segundo ele, utilizam de várias artimanhas para atrair as vítimas, como anúncios de veículos com valor abaixo do estipulado no mercado. “A pessoa que está interessada tem dinheiro e o estelionatário esta atrás dessas pessoas, geralmente vindo com proposta boa para atrair. A desconfiança deve começar por aí, pois os golpistas aproveitam da boa fé das pessoas que se iludem em adquirir algo barato”, disse.

Ele orientou que, antes de iniciar a negociação, o comprador deve buscar informações sobre quem está vendendo e marcar as visitações para negociação em locais públicos. “É importante que sempre levem alguém conhecido e avisem aos parentes onde estão indo e o que irão fazer”, destacou.

Após fechar o acordo, o delegado explicou que o dinheiro só deve ser repassado ao comprador com o contrato de compra e venda autenticado em cartório. “Nunca se deve depositar dinheiro antes de efetivar a transferência e nem dar sinal para segurar o bem. Eu recomendo que a transação seja feita apenas em cartório. Nem em banco é recomendável, porque o bem ainda não vai estar no nome da pessoa que está comprando”, afirmou.

Conforme Lopes, é importante também verificar as condições do veículo e pesquisar junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) possíveis restrições de roubo e furto. “É bom sempre procurar um mecânico para que ele analise o chassi, assim como consultar a placa do carro para ver se o veículo não tem restrição. Estamos acostumados a ver violência e todo cuidado deve ser tomado para evitar prejuízos”, frisou. (L.G.C)