A manhã desta quinta-feira, 7, foi marcada com a realização de mais um ato público contra o anuncio de cancelamento dos concursos públicos da Administração Estadual. Organizado pelo Movimento dos Concurseiros de Roraima, a ação reuniu mais de 250 pessoas em frente à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
A concentração dos manifestantes foi iniciada por volta das 8h, na Praça do Centro Cívico. Com faixas, cartazes, vuvuzelas e apitos, eles marcharam em direção a sede do Poder Legislativo. A adesão da população também foi instantânea, com buzinaço vindo dos carros que passavam pelo local.
“Infelizmente algumas pessoas não concordam com a nossa manifestação, mas só quem estudou, se dedicou e que está há mais de 1 ano lutando por esse sonho, sabe o que é ver um concurso cancelado. Eu tive que trancar a faculdade, larguei meu emprego, me privei do convívio da minha filha para estar estudando, em busca desse sonho. Então, não é justo fazer isso com a gente, de simplesmente cancelar um certame como se demite um comissionado”, afirmou a concurseira Rhaysa Câmara, 27 anos.
Por volta das 9h45, membros da comissão foram informados de que o governador Antônio Denarium (PSL) receberia o grupo para uma reunião, a portas fechadas, às 10h, no Palácio Senador Hélio Campos.
Manifestação dos concurseiros no centro cívico from TV FOLHABV on Vimeo.
“As expectativas são positivas. Não há um ato administrativo por parte do próprio governador, nada foi publicado em Diário Oficial e acreditamos que ele vai rever essa decisão de cancelamento dos concursos. Ontem, 6, ele se reuniu com os aliados dele e estamos com muita esperança que ele vai garantir o direito dos concurseiros do estado de Roraima”, destacou João Catalano, advogado da comissão dos concurseiros.
Apesar de ter informado que dez pessoas seriam chamadas para a reunião, apenas metade teve a permissão para participar da reunião, o que deixou parte do grupo descontente. “Na minha avaliação, isso já mostra a falta de compromisso que esse Governo está tendo com os concurseiros”, comentou um manifestante.