Denúncia aponta supostas perseguições e demissões arbitrárias na Sesau

Denúncia também aponta que funcionários sem qualificação estariam fazendo a manipulação e leitura de lâminas em laboratório do Estado

Denúncia aponta supostas perseguições e demissões arbitrárias na Sesau

Sob condição de anonimato, denunciante relatou supostas perseguições e demissões arbitrárias de médicos no sistema público de saúde de Roraima. Segundo a denúncia, profissionais da Saúde estariam sendo exonerados sem justificativas claras, em especial uma patologista que atuava há oito anos no Laboratório de Anatomia e Patologia de Roraima (Laper).

De acordo com o relato, a demissão da funcionária estaria ligada ao fato de que ela não concordava com práticas inadequadas dentro do laboratório, o que teria levado à sua exoneração por parte de um superior.

A denúncia também menciona que o superior estaria delegando a leitura de lâminas preventivas, uma tarefa que exige especialização, a uma técnica de enfermagem, o que comprometeria a qualidade do diagnóstico e a segurança das pacientes.

Ainda conforme o relato, as demissões não se limitariam ao caso da patologista. Outros médicos também teriam tido seus contratos rescindidos recentemente, o que, segundo a denúncia, poderia estar relacionado a retaliações contra aqueles que se posicionam de forma crítica em relação à gestão da saúde estadual

O que diz o Governo

Em nota, a Sesau negou quaisquer alegações de perseguição ou retaliação contra servidores e explicou que as “alterações realizadas nas equipes são decisões administrativas, baseadas exclusivamente na avaliação da produção individual e coletiva, visando sempre o aprimoramento dos serviços prestados à população”. Leia a nota completa:

“A Secretaria de Saúde informa que, após a realização de um redimensionamento da escala de trabalho dos profissionais do Laboratório Central, identificou-se a necessidade de ajustes na equipe com o objetivo de otimizar a produção e alinhar a carga horária com a jornada contratual de 40 horas semanais.

Ressalta que é responsabilidade de cada servidor cumprir integralmente a própria jornada de trabalho, conforme o contrato estabelecido.

Nesse sentido, a Secretaria de Saúde nega categoricamente quaisquer alegações de perseguição ou retaliação contra servidores. As alterações realizadas nas equipes são decisões administrativas, baseadas exclusivamente na avaliação da produção individual e coletiva, visando sempre o aprimoramento dos serviços prestados à população.”

Por outro lado pasta não forneceu respostas à denúncia de que um superior estaria delegando a leitura de lâminas preventivas a uma técnica de enfermagem sem qualificação necessária.