O depósito de veículos apreendidos da Polícia Civil, localizado na Rua Rui Baraúna, bairro Caranã, zona Oeste, é apontado por agentes da instituição e por moradores da região como um grande criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chinkungunya e zika vírus.
Existem cerca de 200 automóveis no local, onde pelo menos 90% são carros. As caminhonetes estão acumulando água nas caçambas após as recentes chuvas que aconteceram na Capital. A maioria dos carros está com as janelas abertas e sem proteção.
Um agente da Polícia Civil, que preferiu anonimato, confirmou que os automóveis parados funcionam como criadouro de mosquitos. “É perigoso para os profissionais que atuam no local, inclusive um deles está com suspeita de dengue”, disse, acrescentando que os carros ficam expostos ao sol e à chuva o tempo inteiro, propícios à reprodução do mosquito.
A moradora Graciete Diniz disse que o poder público deveria pensar no bem-estar da população. “A situação vai piorar com a chegada das chuvas. A nossa preocupação é com o ataque dos insetos, que pode acarretar um problema sério para a comunidade”.
Para ela, é importante a intervenção e a ajuda do poder público. “Pedimos apoio das autoridades para que tomem as devidas providências. A situação deve ser analisada com muita delicadeza, pois o mosquito transmite doenças que colocam em risco a vida dos cidadãos”, frisou.
A dona de casa Vera Paes, que reside na mesma rua do depósito, informou que a situação é preocupante. “Moro com uma gestante e meus filhos, sendo ainda mais complicado. Mesmo nos prevenindo, ainda há muitos mosquitos por aqui. Sabemos que a doença transmitida pelo mosquito põe em risco a nossa saúde e até mesmo a do bebê”, disse.
Segundo ela, os responsáveis devem providenciar um lugar melhor para abrigar os veículos. “O período chuvoso vai começar e a tendência é piorar. Uma infraestrutura coberta seria ideal para todos esses carros. Deveriam pelo menos cobri-los com lonas ou algum outro material específico”, frisou.
GOVERNO – Em nota o Governo do Estado informou que a Delegacia-Geral de Polícia Civil está viabilizando a realização de uma força-tarefa na Central de Material Apreendido para verificar a existência de algum criadouro e tomar medidas emergenciais, a fim de eliminar quaisquer que sejam os riscos à saúde pública. (B.B)