Mais de 40 mil pessoas foram aos cemitérios de Boa Vista neste sábado (2), feriado de Finados, para homenagear e lembrar de parentes e amigos que já morreram.
O número de visitantes superou a expectativa dos organizadores e dos ambulantes, que tiveram boas vendas no período.
O Cemitério Municipal Nossa Senhora da Conceição, localizado no bairro São Vicente, ficou aberto das 6h da manhã até às 22h, e mais de 20 mil pessoas passaram pelo local para fazer suas homenagens, levar flores e acender velas aos entes queridos que já não estão mais em vida.
Segundo a administradora do cemitério municipal, Iglesia Abreu, a maior surpresa ficou por conta da regulamentação do pagamento dos lotes, que também foi bem acima do esperado.
“Este ano que começamos a fazer as estimativas para ter uma informação concreta sobre a contagem de visitantes e tivemos a grata surpresa pela grande regularização de lotes que estavam esquecidos ou abandonados. Tivemos um aumento de 20%, principalmente nos dias que antecedem o dia dos finados”.
Membros de igrejas aproveitaram a data para evangelizar e entregaram itens gratuitos como água, biscoito e livros.
O senhor Euclides Ferreira, 72 anos, está em Boa Vista desde 1984 e todos os anos vem ao cemitério acender as velinhas para os seus amigos falecidos. “Este ano acendi também para minha esposa que faleceu recentemente e está aqui no cemitério. É uma data importante para prestarmos nossas homenagens àqueles que morreram”.
O cemitério privado Campo da Saudade, localizado no bairro Centenário, zona Oeste da capital, recebeu mais de 20 mil pessoas, segundo os coordenadores que estavam no local. O horário de visitação seguiu até as 19h30.
Mutirão de serviços será realizado no bairro Silvio Leite
A iniciativa acontece neste sábado (23) no Centro de Referência de Assistência Social, das 8h às 15h
Caer diz que blecaute prejudicou a produção de 20 milhões de litros de água potável
A empresa informou que a produção diária para abastecer Boa Vista é de 146.880.000 de litros, por meio dos sistema de captação superficial das águas do Rio Branco, no bairro São Pedro, e a captação subterrânea realizada nos 96 poços tubulares
A professora Paula Antoneli, de 35 anos, contou que visita o cemitério bem cedo para fugir do sol e do tumulto e que também aproveita para assistir à missa. “Tenho um amigo muito querido aqui no cemitério particular e sempre que possa venho visitá-lo. Não sou daqui e não tenho parentes enterrados em Roraima, mas é um momento de enviar energias positivas a todos que se foram.”
Ambulantes comemoram renda extra
As vendas também foram positivas para os ambulantes (Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)
Já para os comerciantes, o dia foi propício para impulsionar as vendas, em especial floriculturas e artigos fúnebres. Há muitos anos comercializando no entorno do cemitério no Dia de Finados, a artesã Elza Nildes, 70 anos, declarou que lucrou acima do esperado no feriado.
“As vendas são sempre boas no dia de finados. Há mais de 50 anos que trabalho em um espaço aqui na frente. Para mim é sempre lucrativo, por causa do movimento. Além disso, meus produtos são bons, já tenho uma clientela boa e fiel. Vendo flores artificiais e velas e a maioria eu mesma faço”, declarou.
Foram montadas 23 barracas, 15 para floriculturas e outros artigos e oito para venda de alimentos e água, exceto bebidas alcoólicas.
“Como todos os anos, o Dia de Finados, como é cultural, principalmente dos cristãos que vêm homenagear seus entes, fizemos toda uma preparação para receber os visitantes, juntamente com as demais secretarias que nos apoiam. Teve a limpeza, pequenos reparos no local, na capela que recebeu as missas. Tudo ocorreu dentro da normalidade”, declarou a administradora do cemitério municipal, Iglesia Abreu.
