As reformas da Previdência e Trabalhista e a perda de direitos, bem como questões sobre energia elétrica em Roraima serão pautas de manifestações que serão realizadas nesta quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador. Sindicatos e movimentos sociais vão às ruas para protestar e convocam a população para participar dos eventos.
Entre as manifestações haverá uma carreata com concentração às 16h30 em frente ao Parque Anauá, com saída às 17h, com destino à praça principal do bairro Cidade Satélite onde haverá zumba; dança, batuque das mulheres, cordel de poesias e pronunciamento dos organizadores. O evento é promovido pela Frente Sindical Popular e de Luta, com o apoio de vários sindicatos e movimentos sociais.
O presidente do Sintraima (Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Estado de Roraima), Francisco Filgueira, disse que será uma manifestação geral, em defesa dos direitos dos trabalhadores. “Será um momento de unir as forças sindicais e trabalhadores para lutarmos em prol de direitos e contra a Reforma Trabalhista que já tirou vários direitos dos trabalhadores como aconteceu na Codesaima [Companhia de Desenvolvimento de Roraima] e na Cerr [Companhia Energética de Roraima]. Além disso, os servidores de modo geral têm perdas salariais de anos anteriores”, ressaltou.
O Sinter (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima) também estará presente na manifestação. Dentre as pautas que irá reivindicar estão a não continuidade da Reforma da Previdência, o atraso no início do ano letivo e a situação do Iper (Instituto de Previdência de Roraima). “Se aprovada, a Reforma da Previdência como o Governo Federal quer, será um retrocesso para os trabalhadores”, afirmou o presidente da entidade, Flávio Bezerra.
“Nos preocupamos pelo fato do ano letivo não ter começado. Todos os meses é feita uma previsão de iniciar as aulas e nada. Há um descaso também com a educação especial, que não está sendo ofertada à comunidade e os professores se sentem desvalorizados porque estão capacitados para prestar esse serviço, mas essa mão de obra está sendo desperdiçada pelo Estado em razão de entraves com estrutura para prestar esse serviço”, esclareceu Bezerra.
Outra situação pontuada pelo sindicalista é com relação à questão do Iper que, segundo ele, está travando os processos de pedidos de aposentadoria dos servidores estaduais. “Profissionais dão entrada com processos, mas não são julgados e não estão tendo continuidade. Não sabemos ainda o que de fato está acontecendo, mas deduzimos, nas entrelinhas, que a comissão do Iper está esperando a aprovação da Reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal, o que vai prejudicar os trabalhadores, sejam da Educação e demais servidores do Estado”, ressaltou Bezerra.
Energia elétrica também será alvo de protestos na quarta-feira
O Movimento Fala Roraima também vai promover uma manifestação a partir das 9h de quarta-feira (1º) em frente a Roraima Energia, empresa responsável pela distribuição de energia no Estado. O coordenador do protesto, Max Alexandre Ribeiro Melo Morais, explicou que os manifestantes querem que a empresa reveja atitudes e pense um pouco na população.
“Nos últimos anos temos sido penalizados com o reajuste abusivo na energia elétrica, na taxa de iluminação pública, sem contar na péssima qualidade do serviço. Pagamos caro por um serviço ineficiente e sem qualidade e que tem, inclusive, causado prejuízos aos consumidores em razão das constantes quedas de energia quase que diariamente”, ressaltou Morais.
“Agora, para piorar a situação, está havendo racionamento. A Roraima Energia nega, mas tenho quase certeza que estão racionando porque fica visível que as termelétrica não têm capacidade para manter o consumo de energia aqui no Estado. É um racionamento em forma de rodízio, como já foi dito por consumidores pois, quando alguém anuncia que a energia volta, não demora muito, outro colega, em outro bairro, fala que faltou energia”, esclareceu.
Morais lembrou ainda que se antes a população reclamava da Eletrobras, com a Roraima Energia não é diferente.
“Pelo contrário, percebemos que nada mudou, só piorou”, comentou. “Algo precisa ser feito e urgente, porque hoje praticamente só trabalhamos para pagar conta de energia que todo mês aumenta”, frisou. (E.R.)
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