A 1ª Brigada de Infantaria e Selva de Roraima promoveu, na manhã de ontem, no auditório da instituição, localizada no bairro 13 de Setembro, zona Sul, solenidade alusiva ao Dia Internacional do Peacekeepers. Em Roraima, a comemoração contou com a participação de mais de 100 militares e ex-militares que participaram de missão de paz em algumas partes do mundo.
“Esta é uma ocasião comemorada no mundo todo, tendo como finalidade destacar as pessoas que trabalham em prol da paz mundial. São militares das Forças Armadas que atuam em duas frentes de trabalho, sendo elas a militar, que é a de resguardar a proteção das instituições públicas, e a Civil, que é a garantia da segurança da população das áreas de conflito. São os homens e mulheres que atuam na Marinha, Exército, Aeronáutica e também na Polícia Militar, sendo caracterizados pelo uso da boina azul, podendo atuar como observador ou nas tropas designadas pela própria ONU”, disse o comandante da instituição, general de brigada Algacir Antonio Polsin.
Comemorada no domingo, 29, a data foi instituída pela Resolução nº 57/129,de 24 de fevereiro de 2003, tendo como referência o ano de 1984, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) autorizou o estabelecimento da primeira missão de paz para monitorar o cessar-fogo entre árabes e israelenses.
Segundo Polsin, de lá para cá, já foram realizadas 69 missões de paz no mundo, tendo a atuação do Brasil em 50 delas, sendo a mais importante delas a do Haiti, onde o País é responsável pelo comando de contingente militar da missão desde a sua criação, em 2004. “Nós já tivemos militares de Roraima que foram participar das missões como tropa e temos vários oficiais e sargentos que compuseram efetivos de missão de paz, que estão atualmente no Estado”, disse.
Dos 400 militares e policiais brasileiros designados para atuar em missões de paz, 63 são roraimenses. Entre esses militares está o sargento do Exército Bertoldo de Moura Campos, que atuou em três missões no Haiti, desempenhando função de motorista de blindagem. Apesar do alto risco, já que precisa se expor a situações de conflito, o sargento destaca a grandiosidade do trabalho realizado pelos pacificadores, sendo para ele uma das missões mais libertadoras de sua carreira militar.
“Nessas missões no Haiti, eu tive uma evolução muito grande, não só como profissional do Exército brasileiro, mas também como ser humano. A realidade local daquelas pessoas é extremamente impactante e, lá, nós passamos por muita coisa. Poder contribuir para a paz, naquela região, é simplesmente uma das experiências mais engrandecedoras para qualquer pessoa”, salientou. (M.L)