Cotidiano

Diminuem casos de dengue, zika e chikungunya

Em 2018, até o dia 24 de outubro, foram 1.245 casos de dengue, desses 97 confirmados, e 108 de zika, com cinco confirmados. Em 2017 foram 197 confirmações de casos para zika e 203 para dengue

Os casos notificados e confirmados de dengue, zika e chikungunya diminuíram em 2018, se comparados a anos anteriores. Em 2018, até o dia 24 de outubro, foram 1.245 casos de dengue, desses 97 confirmados, e 108 de zika, com cinco confirmados. Em 2017 foram 197 confirmações de casos para zika e 203 para dengue. Os dados foram concedidos pela Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

Em relação à Chikungunya, os dados coletados até 11 de setembro, mostram que houve 363 casos notificados em 2018, com 27 confirmados. Os dados causam alívio ao comparar com os 6.588 notificações e 3.918 confirmações de porte do vírus no ano anterior.

Neste ano, Boa Vista é a campeã em número de casos de chikungunya, com 20 dos 27 confirmados, seguido de Mucajaí, com três. Em relação à dengue, a Capital conta com 43 confirmações, um pouco menos que Rorainópolis, com 46, dos 97 em todo o estado. Cada um dos cinco casos de zika é de municípios diferentes: Boa Vista, Iracema, Mucajaí, Pacaraima e Rorainópolis.

Para a infectologista Alessandra Galvão Martins, uma diminuição tão drástica no número de casos vem como um reflexo da própria população após o surto de zika e chikungunya que ocorreu em 2017. Além de portadores do vírus ficarem imunes a ele depois de adoecerem, políticas públicas e medidas preventivas também contribuem para isso.

“Tivemos suscetibilidade de toda uma população em 2017 em ficar doente devido a uma ampla infestação que ocorreu, a partir de 2016, e resultou em um surto generalizado. Atualmente, após o surto ter passado com o final do inverno passado, políticas de distribuição, aplicação de venenos e conscientização, a diminuição desses casos é natural”, explicou.

Apesar de haver um saldo positivo na saúde contra doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a infectologista destaca que isso não significa que sua prole está erradicada ou menor. Por isso, a prevenção ainda é fundamental para que esses números não voltem a crescer como em anos anteriores.

“Medidas de saúde pública servem para evitar que haja problemas de perspectiva macro. Ou seja, surtos. Apesar de ser fundamental para diminuir a proporção do problema, ele ainda é de responsabilidade do cidadão. Por isso, os cuidados precisam ser mantidos. A atenção à água parada deve ser considerada, e se sintomas como febre, dores de cabeça e corpo, aparecerem, uma consulta é necessária”, afirmou. (P.B)