O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) planeja recuperar totalmente o lado amazonense da BR-174, a rodovia que liga Boa Vista a Manaus. Recheado de buracos, o trecho do rio Alalaú, na divisa entre Roraima e Amazonas, até a zona urbana de Presidente Figueiredo (AM), é alvo de críticas de empresários e caminhoneiros, que relatam prejuízos e demora da viagem por causa das condições da via.
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Na BR-174 para Manaus, buracos geram prejuízos e viagem dura quase um dia
À FolhaBV, o superintendente Afonso Lins informou que há recursos para as obras e citou as dificuldades para a rápida recuperação, como o grande volume de chuvas na região.
“Não dá pra trabalhar na chuva. A gente tá fazendo o que é possível ser feito, trabalhando com emergência, tapando buracos. Alguns enrocamentos em pontos que estão ficando complicados, a gente está abrindo mão disso pra poder melhorar a trafegabilidade”, declarou Lins, que citou o aumento do tráfego na rodovia nos últimos anos como um dos responsáveis pelo problema.
Consta no Diário Oficial da União da última quarta-feira (23) o aviso de licitação eletrônica, com o objetivo de contratar empresa para executar a conservação e recuperação da rodovia, não só na divisa entre Roraima e Amazonas, mas também no trecho localizado na divisa entre Mato Grosso e Amazonas.
Segundo o edital de licitação, o valor do contrato é de quase R$ 54 milhões, com prazo de 730 dias para a conclusão dos trabalhos. A entrega das propostas das empresas interessadas na recuperação está marcada para 9 de março. No momento, as obras estão na fase de projetos.
Trecho perigoso para carretas
Cobrado por empresários que pedem o rebaixamento da ladeira conhecida como Maria Ceará, em Presidente Figueiredo, onde veículos pesados têm dificuldades de subir e, por conta disso, correm o risco de tombarem. Em julho passado, por exemplo, a FolhaBV noticiou o bloqueio da rodovia por uma carreta que ficou atravessada na pista.
Segundo Afonso Lins, o DNIT trabalha para incluir o rebaixamento da ladeira no orçamento da autarquia e ainda não tem data para a execução das obras.