Por conta de contestações judiciais, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), órgão responsável pela administração de grande parte das rodovias federais do país, suspendeu o contrato com a empresa responsável pela operação e manutenção dos equipamentos, o que deve prejudicar os trabalhos de combate às infrações por excesso de velocidade.
Em Roraima, estima-se a existência de nove equipamentos, sendo dois em Pacaraima, no norte do Estado; quatro no trecho urbano da BR-174 na capital; um em Mucajaí, na região centro-oeste; um em Caracaraí, na região centro-sul; e um em Rorainópolis, no sul de Roraima.
A reportagem entrou em contato com a superintendência do DNIT para saber ao certo a quantidade de equipamentos e se todos também foram afetados com a suspensão do serviço, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria, às 18 horas.
Durante todo o período da manhã, a Folha visitou o trecho urbano da BR-174 na capital, para verificar o funcionamento dos equipamentos. Tanto no primeiro, localizado nas proximidades do bairro São Bento, quanto no quarto equipamento, instalado no Distrito Industrial, os medidores de velocidade estavam funcionando normalmente.
Outros dois equipamentos, estes de caráter fiscalizatório foram instalados próximo ao bairro Nova Cidade. Aparentemente os equipamentos também estão em funcionamento, já que diferente de outras rodovias brasileiras, os radares não estão cobertos com sacos plásticos.
Para o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Estado, Igo Brasil, a inoperância dos equipamentos causa apreensão, uma vez que enfraquece os trabalhos de promoção à segurança no trânsito nas estadas do país, principalmente agora, no final do ano. “Não resta dúvida que a falta de um equipamento de controle de velocidade possa impactar na quantidade de acidentes, principalmente os de natureza grave. Vamos reavaliar os nossos programas de fiscalização diários, colocando mais atenção aos pontos sensíveis, objetivando minimizar o impacto dessa situação, consequentemente, minimizar os acidentes”, pontuou. (M.L)