Cotidiano

Dois novos casos são confirmados em RR

Somados às incidências confirmadas no Cidade Satélite, saltam para seis os casos registrados da doença

O Núcleo de Combate à Dengue e Febre Amarela (NCDFA) da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) confirmou dois novos casos da febre chikungunya em Roraima, os primeiros importados da Guiana. A confirmação veio após a chegada dos exames do Instituto Evandro Chagas (IEC), do Pará. Agora são seis casos confirmados da doença, sendo que os demais foram importados da Venezuela.
Os quatro primeiros casos foram registrados em pessoas quem residem no bairro Cidade Satélite. Já os dois últimos foram diagnosticados em moradores do Centenário. Conforme o gerente do Núcleo de Combate, Joel Lima, os dois recentes casos foram identificados em duas mulheres, mãe e filha. “As duas pacientes são moradoras de Boa Vista e estiveram na Guiana a passeio, em uma cidade por nome Bastica, no mês passado. Ao chegarem a Boa Vista, elas apresentaram os sintomas e procuraram um hospital particular, onde foram colhidos os primeiros exames. De imediato, foi feito o acompanhamento médico das duas e colhidos novos exames para sorologia, que é caminho para a confirmação”, esclareceu.
As pacientes estão em casa e passam por acompanhamento clínico. Paralelo a isso, a Sesau, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realizou o trabalho de bloqueio em uma extensão de 350 metros do quarteirão onde moram as pacientes. “São medidas importantíssimas, adotadas, de imediato, para reforçar o trabalho de combate e controle, para que se possa alcançar a eliminação do mosquito e, ao mesmo tempo, deixar os moradores das proximidades em alerta”, complementou.
O núcleo não descarta a possibilidade de confirmação de novos registros, já que existem, pelo menos, cinco casos suspeitos que aguardam resultado da sorologia.
SURTO – A Sesau estuda estratégias de planejamento do reforço das ações de controle e combate em todo o Estado na tentativa de evitar um surto para chikungunya e dengue. “Essa realidade é constatada pela presença dos três fatores necessários para a ocorrência da febre e todos eles presentes no Estado: a existência do vírus, o mosquito vetor [Aedes aegypti e Aedes albopictus] e uma pessoa suscetível. Por isso, esse é o momento de concentrar esforços nas ações”, reforçou Joel Lima.
A Sesau estuda a possibilidade de buscar parceiros para reforçar o controle vetorial e sensibilizar o maior número de pessoas sobre os cuidados que devem ser seguidos todos os dias, entre eles, a limpeza dos quintais e o armazenamento correto de vasilhas plásticas, latas e todo e qualquer recipiente que possa acumular água parada.