Empresários que prestam serviço de transporte escolar para a rede estadual de ensino deram início, no final da tarde dessa sexta-feira, 8, a um protesto devido à insatisfação com a falta de pagamento pelos serviços prestados ao Governo.
Os veículos foram estacionados na Praça do Centro Cívico, em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, como forma de pressionar o Estado. Cerca de 20 empresas de transporte prestam serviço ao Estado.
O empresário e motorista Valdecir Oliveira Sena, afirmou que há empresas que estão seis meses sem repasse, assim como outros que receberam apenas dois meses no ano passado. Ele informou que o serviço de transporte atende todos os municípios do Estado.
“Denarium abraçou a causa na época da eleição. O Governador, disse que se a gente o acompanhasse e desse apoio, assumiria a responsabilidade quando se elegesse. Por isso que retiramos os carros de frente do Palácio”, lembrou.
Sena explicou que a categoria quer receber o pagamento e desde que a nova gestão assumiu o Estado não houve repasse, tampouco previsão para quando isso deve acontecer. Segundo ele, a classe vai formar uma comissão para se reunir com o governador e tratar do assunto para que cheguem a um acordo.
Segundo outro manifestante, a situação está difícil. ““Eu estou numa situação que, se não for resolvida, corro o risco de perder um ônibus por causa de dívidas no banco. E não há nem como negociar a dívida”, afirmou.
GOVERNO
Por meio de nota, a Secretaria de Educação e Desporto (Seed) informou que o transporte escolar e a merenda foram alvos de operação da Polícia Federal ao final do ano passado.
“Nesse sentido, a Seed está buscando soluções para regularizar os serviços necessários para o início das aulas na rede estadual de ensino, que será no dia 7 de março”, justificou.
A pasta acrescentou que será feita nova licitação para contratação de transporte escolar e no momento, as rotas estão sendo certificadas por equipes da Seed, a fim de evitar duplicidade na prestação do serviço por empresas terceirizadas.
“O pagamento das empresas que prestam esse serviço será viabilizado, após todas as notas auditadas e de acordo com a disponibilidade orçamentária”, finalizou.